"Talvez nós sejamos todos uns amontoados de letras, que compõem uma história, num papel chamado vida, que fica amarelado com o tempo. De meros rabiscos nas caligrafias, aprendemos a ser belas letras cursivas cheias de beleza delicada e logo em seguida, somos obrigados a tornarmo-nos letras de forma. Gente grande. E a partir daí, cada um faz o que quer. Optam por interrogações, exageram nas exclamações e geralmente, muitos preferem adicionar sempre mais uma vírgula com medo do efeito colateral de um ponto final" (Wesley Nery)
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Decidi viver!
Não, ainda
não estou bem. Na verdade tudo o que eu queria era que automaticamente essa
ansiedade me abandonasse e me deixasse em paz. Já tive vontade de sumir, de ir
para bem longe, um lugar para recomeçar onde tudo fosse novo e não houvesse
nenhuma expectativa. Só que a ideia de solidão me desespera. Após chorar muito,
após ver meu rosto inchado, mudei de ideia, enquanto chorava e colocava para fora
todas as decepções desse ano, percebi que estou mais disposta a querer melhorar
do que me afundar nessa magoa. É preciso colocar para fora todo esse estoque de
magoas antigas, chorar até cansar e depois levantar e seguir em frente! Quero
sentir de novo todas as emoções que a vida vai me impor, quero entender que não
adianta correr contra o tempo e nem enganar a si próprio. Reativar a minha fé,
e me atualizar com pensamentos positivos, uma hora esse sentimento que não é
necessariamente tristeza, mas um vazio sem sentindo vai passar e vou voltar a
sorrir! Por onde começar? Ainda não sei, mas vou descobrir novos rumos para
seguir que me façam sentido.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
A dor...
As lagrimas
escorreram de forma incontrolável, a dor golpeou meu coração e invadiu minha
alma. Medo e solidão! Minhas forças pareciam inalcançáveis. Tudo estava tão
confuso, minha mãe chorava, minha avó estava nervosa, meu tio ajoelhado
chorando e meu mundo desabando. É um pouco do que lembro daquele momento em que
eu escolhi desistir de tentar. Fechei os olhos na esperança da dor passar, mas
ao contrario, eu me senti pior!
As quedas
virão e a dor será inevitável, mas a escolha sempre será MINHA. No dia 11 de
setembro eu escolhi desistir, eu me senti tão cansada que deixei a dor tomar
conta de todo meu corpo. Estava cansada de pensar, cansada de criar
expectativas, cansadas de me cobrar o tempo todo, cansada de ter que atender
expectativas, cansada de não respeitar o tempo. Desistir é mais fácil, a morte
é fácil. Viver e enfrentar é difícil, complexo e desafiador. Eu escolhi viver porque
acredito no amor e no poder que ele tem de transformação. Naquele dia eu vi o
amor nos olhos da minha família, eu olhei bem no fundo dos olhos daqueles que
amo e me vi lá dentro, me vi nas lágrimas que escorreram, nos abraços
apertados, nas palavras de apoio.
Eu abri meus
olhos e decidi que a dor não pode ser maior do que eu, que fugir é covarde e
injusto.
Eu precisava dirigir...
Eu precisava
dirigir, eu precisava chorar, eu procurava por mim! Olhar para si próprio é o
maior desafio da vida, entender que muitas coisas não dependem de ti, mas
partem de ti. Partem de uma decisão tua, de um ponto lá dentro. O problema é
que na correria do dia-a-dia eu esqueci de mim. Me ocultei atrás de um namoro,
de uma ilusão do perfeito. Não fui sincera comigo mesma, deixei de lado minha
essência e vivi assim por muitos anos, eu acha que era feliz, plena e completa.
Mas depositar sua felicidade em uma única coisa é a maior roubada. Nada nem
ninguém merece a responsabilidade de
carregar essa tarefa. Só que o tempo se encarrega de tudo, e chega uma hora que
não tem como fugir, e nessa hora tu tem que te encarar de frente, sem medo. É
tão difícil ter que se encarar, descobrir que o perfeito não existe, lidar com
tudo que está dentro de você: alegrias, medos, traumas, amores, dores,
lembranças, cicatrizes, emoções, sentimentos...
Enquanto eu
dirigia eu pensei sobre tudo que sei de mim mesma, mas pensei principalmente
sobre o que não sei. Estou vivendo o desafio de me descobrir mulher, não mais
uma garota. Vou confessar que está sendo doloroso, por que tem momento que
simplesmente tu não sabe para onde ir, por que caminho andar, que rumo seguir...
acho que por isso a necessidade de dirigir, para me sentir em movimento, olhar
para fora e ver que mesmo parecendo o mesmo caminho tudo aos poucos vai se
modificando. Nasce uma planta, constrói-se prédios, pinta-se as casas, abre um
estabelecimento comercial, assim como morre uma árvore, derrubam uma casa,
poluem o rio, envelhece a fachada. É o mesmo lugar, mas é diferente! E acho que
é assim comigo também, sou eu, mas diferente, em construção, em processo
constante de mudança e adaptação. Hoje sei que preciso encarar quem eu sou para
me completar comigo mesma, sem depender de ninguém para depositar os
sentimentos. Mesmo sabendo disso ainda me desvio nesse caminho as vezes, ainda
dói tanto que as vezes fica difícil manter a razão, as vezes é muito difícil
manter o equilíbrio. Ou vi dizer que viver é um eterno rasgar-se e remendar-se,
talvez seja mesmo!
Decepções
"Decepção machuca, porque só aqueles a quem amamos, tem o poder de nos decepcionar. Quando criamos expectativas, devemos saber que podemos nos frustrar, se a mesma não for correspondida. Quando temos grande sonhos, para grande pessoas, podemos descobrir com o tempo, que os sonhos eram maiores que as pessoas. Dói, porque morrem dentro de você, dói, porque é como ser decepado por dentro, dói, porque você acreditou e agora eu coração está sangrando. Todavia, os ventos que levaram aquilo que amamos são os mesmos ventos que trarão o que aprenderemos a amar. Hoje, é uma ferida aberta, amanhã será uma cicatriz que vai contar histórias" (Autor Desconhecido)
domingo, 28 de setembro de 2014
Até quando?
Ainda me
lembro de como tudo começou, a confusão de sentimentos, o medo, o desespero, a angustia
e a agonia. No inicio não compreendia o que estava acontecendo comigo, ao longo
desses dois anos e especialmente deste ano, tive a oportunidade de entender
melhor sobre a síndrome do pânico e as crises de ansiedade, pude pensar melhor
sobre a minha vida e possíveis causas. Mesmo depois desse tempo todo, mesmo
depois de passar pelos piores momentos da minha vida, mesmo depois de ter
momentos de paz e calmaria, anda sou atormentada pelas crises, hoje identifico
com mais facilidade, consigo pensar sobre ela, refletir acerca dos ocorridos e
o que me fez chegar à crise. Mas nada disso diminui o que sinto quando estou em
uma crise de pânico ou de ansiedade, é um sentimento tão ruim que logo toma
conta de mim, me faz pensar em desistir de tudo, me faz pensar na morte. Já
pensei em possibilidades de tirar minha vida, já pensei que vivi o bastante, já
pensei e escrevi mentalmente minha carta de despedida. A dor ainda está dentro
em mim e não sei por quanto tempo ainda vai me habitar. Não sei se vou
conseguir!
Superar é preciso!
"Se não existissem quedas, não existiriam triunfos. Você vai cair, se ralar, sangrar, chorar e até mesmo pensar em desistir de tudo. Depois vai perceber que todo eu esforço é inútil e que você precisa seguir em frente. Vai procurar forças, vai se olhar o no espelho e se sentir a pior pessoa do mundo. Por que tem que ser assim? Para você aprender a se reerguer. Não se apegar não é ser indiferente à vida. É ter o conhecimento de que o sofrimento chega, mas um dia ele deve partir. Superar é preciso. Levantar-se mais forte é essencial" Isabela Freitas /@isabelaafreitas
sábado, 27 de setembro de 2014
Tormentos à noite...
Sempre fui
uma garota de muitos sonhos, não sonhos no sentido de objetivos, alias poucas
coisas realmente me fizeram querer muito. Sempre digo que tenho os três
momentos mais especiais da minha vida, são momentos em que me senti plenamente
feliz, completa e realizada, e eles foram: conquistar a carteira de motorista,
formatura no curso de Pedagogia e meu primeiro emprego em uma escola grande.
Poucas vezes na vida me senti como naqueles dias, mal sei explicar o sentimento
exato.
Mas hoje vim
falar sobre os sonhos, pois é, sonhos que acontecem durante o sono. Como disse,
sempre sonhei, havia noites que sonhava mais de uma história, entre esses
sonhos muitos pesadelos. Mas até esse momento esses sonhos sempre foram uma
parte de mim e pronto. Porém depois de passar por todas as crises e iniciar a terapia
percebi que esses sonhos são mais do que simples histórias contadas por mim
mesma ao dormir. Eles são recheados de significados, desejos ocultos e
mensagens inconscientes, e por isso eles passaram a me atormentar! Alguns são
fáceis de decifrar e refletir, outros são tão enigmáticos que quebro a cabeça
tentando entender e muitas vezes até desisto, mas tem aqueles que são ligados
diretamente com a minha realidade vivida atualmente, e são esses que mais me
incomodam, não pelo fato em si de sonhar, mas pelos sentimentos que despertam
em mim ao acordar. Alguns martelam o dia todo, cenas vindo e indo, não me
deixando esquecer aquilo que eu não quero ver, nem pensar. Mais um elemento que
me despertar angustia durante o dia, especialmente quando são assuntos que para
mim estavam bem resolvidos. Definitivamente um ano de muitos desafios!
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Por uma Emili melhor!
Muita coisa
vem mudando, desde maio minha vida tomou outro rumo, eu passei pelos piores
momentos da minha vida! Momentos que eu não imaginei que um dia poderia passar,
momentos em que eu acreditei que não poderia suportar, por crises, por momentos
de ansiedade, momentos de medo e solidão. Por momentos que realmente acreditei
que a minha vida tinha se esgotado, que a minha vida tinha acabado e que nada
mais fazia sentido, eu procurei ajuda médica, psiquiatra e espiritual, me sinto
hoje em um processo de retomada, um processo de reconstrução, de avanço, me
sinto melhor. Ainda é difícil em alguns momentos, ainda é angustiante. Terminei
um namoro de oito anos, eu me vi totalmente sozinha, sem referencias, tive que
começar do zero, e estou tendo que conhecer uma nova Emili, uma nova parte de
mim que eu nem sabia que existia. Passei por momentos de calmaria, momentos
onde eu pude entender que a realmente a vida faz sentindo, eu consegui entender
que a vida tem sentido independente dos momentos difíceis, mesmo assim depois de
tanta conversa, depois de tanta reflexão, de toda a medicação eu ainda me pego
em choros, em momentos de tristeza, eu ainda me pego em crises, em momentos de
angustia. Eu tenho medo do futuro, tenho medo do que eu não sei o que vai
acontecer, eu tenho medo da solidão, eu tenho medo das coisas que eu não posso
proceder, eu tenho medo de estar caminhando na direção errada, eu tenho medo de
não estar caminhando, eu tenho medo de perder meu emprego. Eu tenho tanto medo!
As vezes eu acho o que medo conduz muito a minha vida. A síndrome do pânico
parece estar controlada, mas eu ainda tenho medo, medo que ela faça parte da
minha vida pra sempre, medo que ela me atormente, medo que ela não me deixe
viver em paz. Mais uma vez me refugio na capela na escola, a capela da escola
se tornou muitas vezes meu lugar de refugio, onde muitas vezes eu chorei tudo
que precisava chorar, um lugar onde eu pude pensar, um lugar onde eu pude me
conectar mais com Deus. Porém estar aqui de novo, significa que a dor ainda
vive em mim, que o medo ainda vive em mim, que angustia vive em mim, que a
ansiedade ainda está presente. Continuo pensando até quando isso vai acontecer,
penso e não sei que passou mais eu tenho que dar para conseguir dominar, para
conseguir ter mais controle sobre a minha vida e sobre os meus sentimentos.
Acho que o pior já passou, acredito que agora as coisas vão melhorar, tenho
muita fé, alias nunca perdi a fé, nem nos momentos mais dificeis eu perdi a fé,
sempre acreditei que haveria um momento onde tudo isso será apenar lembranças
de um momento onde cresci e aprendi muito. Espero que o próximo texto venha
dizer sobre esse momento como memória, como parte de uma construção de uma
Emili melhor, de uma Emili mais saudável, mais ativa, mais feliz. Enquanto isso
eu espero!
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Uma luz!
Hoje tive um
sonho que me fez pensar muito sobre a minha vida, sobre o momento que estou
atravessando!
Sonhei com uma menina que era negra e muito
bonita, porém odiava essa situação, por isso fez uma máscara (daquelas de filme
que cobre toda a pele) e todos os dias antes de sair de casa ela vestia sua
“fantasia” de menina branca, foi quando conheci ela, vivia triste por ter que
viver se escondendo, mas não sabia como sair dessa situação. Então, eu e o
irmão dela, um menino negro muito bonito, decidimos que o único jeito de
libertar ela dessa condição que vivia seria matando ela enquanto estivesse
vestido “fantasia”, e assim armamos um plano, daríamos remédio em excesso para
ela, assim quando acordasse só restaria ser quem ela realmente era. Não lembro
como o sonho terminou, lembro de sentir medo por matá-la, medo por força-la a
ser alguém que ela ainda não queria ser: ELA MESMA!
Fiquei
pensando sobre minha vida, sobre o porquê disso tudo estar acontecendo comigo,
e de certa forma me sinto como essa menina, aprisionada em uma vida que não me
“pertence” mais, vivi um lindo romance, um amor de adolescente e foi maravilhoso,
foi eterno enquanto durou, mas eu cresci eu mudei, ele cresceu ele mudou! Não
posso continuar levando a vida como se ainda tivesse 18, 19 anos, o tempo já
passou, as coisas não são mais as mesmas, as necessidades de ambos mudaram.
Talvez esse sonho tenha me tocado tanto, porque me sinto tirando a máscara,
virando a página, “matando” a adolescente que vivia em mim para assumir uma
posição mais adulta, com novo interesses, necessidades e desejos. Entendo
melhor essa ansiedade, esse medo do novo, do desconhecido, porque vivia em um
mundo onde não precisava fazer movimentos diferentes, era confortável. Mas meu
corpo, minha mente pediu socorro, para mim mesma! Estou vivendo um momento de
luto, mas não só pelo fim do namoro, mas também pelo fim de uma etapa em minha
vida, uma etapa que foi muito importante e estará comigo para sempre, mas como
lembranças, dói pensar que isso ficará no passado, mudar é difícil, se
desacomodar é desconfortável, mas hoje vejo o quando é necessário. Começo e me
reconhecer, reencontrar!
O tal do tempo
"Não é fácil conversar com o tempo. O tempo não nos escuta. Ele tem ritmo contínuo e democrático. Passa para todos. É responsável por todas chegadas e partidas. O tempo é senhor do destino. Intocável, ele age sobre todas as coisas. Dos homens e da natureza. E mais, o tempo não possui tamanho. Só ele é capaz de colocar ponto final em tudo" (Queirós)
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Espero o tempo passar...
ACABOU,
palavra tão pequena, mas que fez um enorme estrago dentro de mim! Recomeçar,
seguir em frente parecem frases tão óbvia para esse momento, mas apesar de
saber que é necessário não sei por onde começar, sinto que virei uma página e
me deparei com um capitulo novo, EM BRANCO. As lembranças invadem meus
pensamentos mesmo contra minha vontade, foram oito anos, um terço da minha vida
e agora simplesmente não sei quem sou, ou quem me tornei.
Hoje senti
falta de mim, falta de quem eu já fui! Hoje olhei bem para dentro de mim e
percebi que não estava aqui, me dei conta que já não me encontro mais! Não sei
por que caminho estou seguindo, estou deixando a vida me levar, espero que uma
hora ou outra o destino ajeite as coisas, que as dores fiquem no passado, que
as cicatrizes não doam mais e só fique aquilo que for verdadeiro. Para frente
esse é o sentido da vida, mas me sinto totalmente parada, as cores desbotaram e
nada mais tem alegria, é apenas um passar de dias, um contar de horas, um
dormir e acordar sem nenhum propósito. Espero o tempo passar, na esperança de
que traga coisas boas, paz, tranquilidade para minha alma tão ferida.
“O tempo
passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do
ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo
inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para
mim” (Lua Nova, 73)
domingo, 21 de setembro de 2014
Saudade!!!
Saudade é um
sentimento forte, que inclusive faz doer. Hoje com tudo que vem acontecendo
estou sentindo uma enorme saudade no meu peito, saudades de mim! Saudades de
quem eu fui, de um tempo onde medo era uma palavra distante e com pouco
sentido. Sei que a vida é feita de momentos, fases e processos, estou vivendo o
pior momento da minha vida, não me encontro dentro de mim, vivo um horror de
angústia, medo e ansiedade. Tenho medo que isso me consuma e se torne meu eu,
sem que eu possa voltar a ver a pessoa que “me conheci” um dia. Medo de estar
caminhando por um caminho sem volta. Está difícil ver esperança, mesmo quando
todos dizem “isso vai passar”. Ainda não perdi a fé nessas palavras e nem na
minha essência, mas sinto um esgotamento muito grande a cada crise a cada dia
que não melhoro. Até quando?
sábado, 20 de setembro de 2014
Socorro!
Sinto que
estou morrendo por dentro, me despedaçando em mil, como se minha alma gritasse
socorro! Nunca entendi nem aceitei a morte, mas hoje me pego pensando se não
seria melhor assim, ir embora, descansar dessa dor. Não sabia que um ser humano
poderia produzir tantas lágrimas, mas esses últimos dias me provaram que é
possível chorar muito! Hoje pensei que não iria conseguir ir trabalhar, mas
fui, na esperança de encontrar conforto nos olhos das crianças. Ainda estou
muito mal, de alguma forma, me sinto em uma espécie de “piloto automático”
queria desligar meus sentimentos. SOCORRO!
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Em frente, sempre!
Mesmo
cansada de tudo procuro me manter firme, não sei se por algo ou alguém, mas
espero que por mim mesma. Está difícil, não nego, mas procuro superar, tentar
seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem me puxar para baixo. Procurei
ajuda e me sinto dando passos lentos rumo a uma luz de cura e paz. Vontade de
me reencontrar, de me sentir viva de novo, ou melhor, de me sentir feliz em
estar viva e não continuar vivendo por vivendo, “indo” como costumo dizer... Indo?
Indo pra onde? Porque essa angustia insiste em me acompanhar por tanto tempo?
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Espero...
Que difícil,
quando isso vai passar? Estado de agonia / angustia constante... Rivotril,
choro, desanimo, tristeza são palavras que me descrevem perfeitamente! Cansada
de ficar refém desses sentimentos que não tem hora nem lugar para me invadirem.
Não acordo assim, ele simplesmente acontece, tenho reparado que acontece mais
ao final de tarde, engraçado, justamente o que foi o meu momento preferido do
dia, sempre gostei do final da tarde, de ver o pôr do sol e o colorido que fica
no céu. Agora me deparo com essa agonia dentro de mim praticamente todos os
dias. Faltam 2 dias para começam a trabalhar, estou ansiosa para voltar, mas
não acho que isso justifica essa angustia constante. Sinto que preciso de
ajuda, mas não sei direito com quem compartilhar isso sem magoar ou passar a
responsabilidade. Sei lá, me sinto tão confusa! Tão sozinha mesmo rodeada de
pessoas que me amam e que se importam comigo. Vejo nos olhos da minha família a
preocupação. Dr. Rodrigo disse que eu tenho que viver, sair de casa retomar a
vida e deixar de lado esses sentimentos, espero do fundo do meu coração que
quando minha rotina voltar ao normal que isso alivie, porque não sei se consigo
viver com isso. Vontade enorme de chorar, mas escrever me ajuda, sempre fico na
espera de alguém que possa ler e me ajudar. Quem? Espero...
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Chorar...
Sempre
pensei que chorar fosse uma espécie de lavar a alma, só que nos últimos tempos
isso tem sido uma constante na minha vida, na minha rotina, chorar, sentir
agonia.
Hoje fiquei
sabendo que algumas colegas de serviço foram demitidas e isso foi o suficiente
para abrir uma pontinha de angustia dentro de mim, não era muito chegada à
elas, mas parece que agora tudo é motivo para essa dor de barriga, essa agonia
no estomago. O pior é não tem com quem compartilhar isso, a única pessoa que me
escuta, me entende é a minha mãe, mas sei que dividir isso com ela está sendo
um peso muito grande pra ela. Na última quarta tive uma crise de choro
muito forte, e acabei falando algumas coisas que não deveria, uma leve vontade
que tive de sumir, de não existir, de morrer! Percebi o medo no rosto da minha
mãe e isso me mata por dentro. Fiquei sabendo que ela fez uma promessa pra Deus
pedido para eu ficar boa, em troca ela pararia de fumar, só eu sei o quanto isso
significa pra ela, então entendo que estava em desespero quando fez esse
pedido.
Estou sendo
um peso para aqueles que gostam de mim! Minha mãe anda trabalhar muito, com
medo de ser transferida de unidade e não bastasse essa preocupação ainda tem
que se preocupar comigo sabe? Uma barbada que não consegue resolver os próprios
problemas? Muito injusto. Não divido isso com meu namorado porque só o vejo aos
finais de semana, não vou estragar nossos poucos momentos com queixas e
lamentos. Algumas vezes ele presenciou ataque de pânico ou de angustia, todas
as vezes soube me dar espaço, me entender e me respeitar. Também não quero ser
uma fonte de preocupação pra ele.
Hoje não
tenho sintomas da síndrome do pânico, tenho uma angustia na barriga, uma dor no
estomago, vontade de chorar, tristeza, não sei explicar. Chorar e escrever
ajudam a me acalmar.
Realmente
espero que um dia alguém possa ler isso, me entender, me ajudar sem se envolver
emocionalmente.
Fico
preocupada sabe? Em breve voltam as aulas, preciso estar bem, equilibrada para
poder exercer minhas tarefas, passar confiança para as famílias e alunos. Como
vai ser se isso continuar? Será que a medicação ainda vai demorar para me
ajudar a melhorar? Tenho lembranças tão boas de quando não tinha que conviver
com isso. Triste. L
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Por quê?
Casa? Lar doce lar? Não deveria
ser sinônimo de segurança? Realmente não consigo entender o que está
acontecendo comigo! Acabei de voltar de uma viajem maravilhosa de 3 dias em
Canela com minha mãe e avós, foi realmente muito legal. Chego em casa e
novamente aquele frio na barriga, diarreia, coração acelerado. Por quê isso
depois de tanto tempo?
Terceira
crise em um período de 15 dias, isso me preocupa muito e a pergunta que não
quer calar: POR QUÊ? O que me faz sentir essa insegurança? Medo? Será que é
isso que estou sentindo? Na verdade nem sei direito. Ver a preocupação nos olhos da minha mãe me
matam! Outro dia ela chorou comigo quando tive uma crise, como foi difícil.
Sempre nos falamos com o olhar e agora tento evitar olhar no fundo dos olhos
dela, não passar essa insegurança. Às vezes acho que ela se sente culpada por
eu estar/ser assim! Então me sinto culpada duas vezes: por estar assim e por
deixa lá assim.
Estou
chorando, não consigo controlar. Preciso de ajuda! Socorro!
Da pra
acreditar que em pleno ano novo tive uma crise? Forte! 1 hora da manhã tive que
deitar a dormir, não aguentei! Alias não aguento mais viver assim! Marquei uma
consulta com o psiquiatra Rodrigo, que me atendeu na primeira vez que
apresentei essas crises. Mas fico pensando... será que vou ficar referem disso
a vida inteira?
Triste, me
sinto triste, derrotada, refém do remédio de uma condição que vai além do meu
controle. Cansada!
domingo, 14 de setembro de 2014
A confusão de sentimentos
Eu nunca tinha pensado sobre o medo, na verdade sempre falamos sobre os sentimentos: amor, coragem, lealdade, insegurança, ciúmes e medo. Mas só é possível entende-los verdadeiramente quando se sente, alias sentimentos foram feitos para sentir e não explicar. Já tinha sentido medo, medos reais: medo de assalto, medo de insetos, da morte, de perder entes queridos, mas nada se compara ao que tive nos últimos tempos.
Tudo começou de repente, eu estava em uma pizzaria, inicialmente pensei que estava passando mal do estomago, fiquei bem nervosa. Quando me dei conta que não era nada estomacal associei a saudade do meu namorado, afinal, em seis anos era a primeira vez que havíamos nos separado por tanto tempo, ele havia ido viajar para outro país e nossa comunicação estava restringida. Me convenci que havia sido isso.
Duas semanas depois fui a um reencontro com ex colegas de serviço, quando cheguei me senti muito deslocada, uma sensação estranha, afinal já havíamos feito tantas vezes esses tipos de encontros. Quando todos começaram a me perguntar sobre meu namorado a ‘coisa’ piorou, foi crescendo dentro de mim, uma ansiedade, e eu sentia que não podia mais ficar ali, fingi que recebi uma ligação de emergência e sai o mais rápido possível. Chorei todo o caminho de volta, quando cheguei minha mãe se assustou, logo me abraçou e tentou me acalmar. Mas algo dentro de mim parecia que ia explodir, meus pés e mãos formigavam, e eu estava muito nervosa. Já tinha certeza que era saudade do namorado, afinal tudo piorou quando ele foi lembrado.
Só me dei conta que talvez não fosse isso quando, poucos dias após esse episodio no shopping fui atacada novamente por essa sensação, dessa vez me senti em pânico, não sei se medo, mas pânico, desespero, uma ansiedade muito grande dentro de mim, meu coração disparou, meus pés e mão começaram a formigar e pensei até que fosse desmaiar, liguei para minha mãe imediatamente, ela me orientou que fosse ate a praça de alimentação que estava indo me encontrar. Lutei pra não chorar e foram os 30 minutos mais longos da minha vida, tomei quase um litro de coca-cola e fui ao banheiro muitas vezes. Quando ela chegou me senti melhor, mas ainda estava muito abalada. Em casa fiquei mais calma, mas ainda estava ansiosa, nervosa, e não conseguia parar de ir ao banheiro.
Durante a semana tive dois dias ruim do estomago, vomitei, fiquei fraca e muito frágil e a sensação de pânico as vezes vinha, mas não ficava muito. Permaneci em casa o resto das férias, evitava sair. Passei a ter medo de ter novamente uma crise. Fiquei assustada e marquei psiquiatra.
Iria iniciar um emprego novo daqui a 2 semanas e o psiquiatra era só dali um mês. Graças a Deus meus primeiros dias foram ótimos, eu estava bem, até me sentia feliz de novo. Até o dia em que tive uma nova crise, eu estava na escola, já na entrada percebi que algo vinha se aproximando, tentei me acalmar, quando vi meus alunos me esperando quase comecei a chorar, eles precisavam de mim e eu tinha que me segurar, por eles. Foi uma tarde horrível, tive todas as sensações: ansiedade, nervosismo, suor frio, formigamento nos pés e mãos, descontrole da urina. Sem dúvidas a pior tarde da minha vida, porque meus alunos precisavam de mim, e eu não conseguia dar atenção à eles. Quando cheguei em casa chorei muito, fiquei mal do estomago.
Após a consulta com o psiquiatra me senti mais segura, entendi um pouco o que estava acontecendo comigo, por algum motivo desenvolvi síndrome do pânico, e agora medicada achei que as coisas realmente fossem melhorar mesmo. Não posso negar que de fato consegui me controlar mais, e com os remédios não tive mais crises, a única ameaça, consegui controlar com auxilio da medicação. Me senti um pouco dopada, mas consegui me controlar e isso foi uma grande vitoria.
Mas agora, de vez enquanto me sinto muito triste e choro muito, se perguntarem nem sei o motivo exato, mas choro muito. Sinto que estou doente e preciso de ajuda pra me recuperar, quero muito acreditar que isso é só um momento que estou enfrentando.
#medo #sindromedopanico #ansiedade #agonia #depressão
Tudo começou de repente, eu estava em uma pizzaria, inicialmente pensei que estava passando mal do estomago, fiquei bem nervosa. Quando me dei conta que não era nada estomacal associei a saudade do meu namorado, afinal, em seis anos era a primeira vez que havíamos nos separado por tanto tempo, ele havia ido viajar para outro país e nossa comunicação estava restringida. Me convenci que havia sido isso.
Duas semanas depois fui a um reencontro com ex colegas de serviço, quando cheguei me senti muito deslocada, uma sensação estranha, afinal já havíamos feito tantas vezes esses tipos de encontros. Quando todos começaram a me perguntar sobre meu namorado a ‘coisa’ piorou, foi crescendo dentro de mim, uma ansiedade, e eu sentia que não podia mais ficar ali, fingi que recebi uma ligação de emergência e sai o mais rápido possível. Chorei todo o caminho de volta, quando cheguei minha mãe se assustou, logo me abraçou e tentou me acalmar. Mas algo dentro de mim parecia que ia explodir, meus pés e mãos formigavam, e eu estava muito nervosa. Já tinha certeza que era saudade do namorado, afinal tudo piorou quando ele foi lembrado.
Só me dei conta que talvez não fosse isso quando, poucos dias após esse episodio no shopping fui atacada novamente por essa sensação, dessa vez me senti em pânico, não sei se medo, mas pânico, desespero, uma ansiedade muito grande dentro de mim, meu coração disparou, meus pés e mão começaram a formigar e pensei até que fosse desmaiar, liguei para minha mãe imediatamente, ela me orientou que fosse ate a praça de alimentação que estava indo me encontrar. Lutei pra não chorar e foram os 30 minutos mais longos da minha vida, tomei quase um litro de coca-cola e fui ao banheiro muitas vezes. Quando ela chegou me senti melhor, mas ainda estava muito abalada. Em casa fiquei mais calma, mas ainda estava ansiosa, nervosa, e não conseguia parar de ir ao banheiro.
Durante a semana tive dois dias ruim do estomago, vomitei, fiquei fraca e muito frágil e a sensação de pânico as vezes vinha, mas não ficava muito. Permaneci em casa o resto das férias, evitava sair. Passei a ter medo de ter novamente uma crise. Fiquei assustada e marquei psiquiatra.
Iria iniciar um emprego novo daqui a 2 semanas e o psiquiatra era só dali um mês. Graças a Deus meus primeiros dias foram ótimos, eu estava bem, até me sentia feliz de novo. Até o dia em que tive uma nova crise, eu estava na escola, já na entrada percebi que algo vinha se aproximando, tentei me acalmar, quando vi meus alunos me esperando quase comecei a chorar, eles precisavam de mim e eu tinha que me segurar, por eles. Foi uma tarde horrível, tive todas as sensações: ansiedade, nervosismo, suor frio, formigamento nos pés e mãos, descontrole da urina. Sem dúvidas a pior tarde da minha vida, porque meus alunos precisavam de mim, e eu não conseguia dar atenção à eles. Quando cheguei em casa chorei muito, fiquei mal do estomago.
Após a consulta com o psiquiatra me senti mais segura, entendi um pouco o que estava acontecendo comigo, por algum motivo desenvolvi síndrome do pânico, e agora medicada achei que as coisas realmente fossem melhorar mesmo. Não posso negar que de fato consegui me controlar mais, e com os remédios não tive mais crises, a única ameaça, consegui controlar com auxilio da medicação. Me senti um pouco dopada, mas consegui me controlar e isso foi uma grande vitoria.
Mas agora, de vez enquanto me sinto muito triste e choro muito, se perguntarem nem sei o motivo exato, mas choro muito. Sinto que estou doente e preciso de ajuda pra me recuperar, quero muito acreditar que isso é só um momento que estou enfrentando.
#medo #sindromedopanico #ansiedade #agonia #depressão
Um estranho sentimento
Quando decidi criar o blog, não sabia bem qual era minha intencionalidade. Mas estou vivendo o pior momento da minha vida, fui diagnosticada com Síndrome do Pânico e desde de então minha vida mudou, nos últimos tempos se revirou. Me sinto perdida (...) Por isso decidi contar a minha história e tudo que estou vivendo (... ) #medo #ansiedade #angustia #sintromedopanico #depressão
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