terça-feira, 30 de setembro de 2014

A VIDA

"Talvez nós sejamos todos uns amontoados de letras, que compõem uma história, num papel chamado vida, que fica amarelado com o tempo. De meros rabiscos nas caligrafias, aprendemos a ser belas letras cursivas cheias de beleza delicada e logo em seguida, somos obrigados a tornarmo-nos letras de forma. Gente grande. E a partir daí, cada um faz o que quer. Optam por interrogações, exageram nas exclamações e geralmente, muitos preferem adicionar sempre mais uma vírgula com medo do efeito colateral de um ponto final" (Wesley Nery) 


Decidi viver!

Não, ainda não estou bem. Na verdade tudo o que eu queria era que automaticamente essa ansiedade me abandonasse e me deixasse em paz. Já tive vontade de sumir, de ir para bem longe, um lugar para recomeçar onde tudo fosse novo e não houvesse nenhuma expectativa. Só que a ideia de solidão me desespera. Após chorar muito, após ver meu rosto inchado, mudei de ideia, enquanto chorava e colocava para fora todas as decepções desse ano, percebi que estou mais disposta a querer melhorar do que me afundar nessa magoa. É preciso colocar para fora todo esse estoque de magoas antigas, chorar até cansar e depois levantar e seguir em frente! Quero sentir de novo todas as emoções que a vida vai me impor, quero entender que não adianta correr contra o tempo e nem enganar a si próprio. Reativar a minha fé, e me atualizar com pensamentos positivos, uma hora esse sentimento que não é necessariamente tristeza, mas um vazio sem sentindo vai passar e vou voltar a sorrir! Por onde começar? Ainda não sei, mas vou descobrir novos rumos para seguir que me façam sentido. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Objeto dos sonhos...


A dor...

As lagrimas escorreram de forma incontrolável, a dor golpeou meu coração e invadiu minha alma. Medo e solidão! Minhas forças pareciam inalcançáveis. Tudo estava tão confuso, minha mãe chorava, minha avó estava nervosa, meu tio ajoelhado chorando e meu mundo desabando. É um pouco do que lembro daquele momento em que eu escolhi desistir de tentar. Fechei os olhos na esperança da dor passar, mas ao contrario, eu me senti pior!
As quedas virão e a dor será inevitável, mas a escolha sempre será MINHA. No dia 11 de setembro eu escolhi desistir, eu me senti tão cansada que deixei a dor tomar conta de todo meu corpo. Estava cansada de pensar, cansada de criar expectativas, cansadas de me cobrar o tempo todo, cansada de ter que atender expectativas, cansada de não respeitar o tempo. Desistir é mais fácil, a morte é fácil. Viver e enfrentar é difícil, complexo e desafiador. Eu escolhi viver porque acredito no amor e no poder que ele tem de transformação. Naquele dia eu vi o amor nos olhos da minha família, eu olhei bem no fundo dos olhos daqueles que amo e me vi lá dentro, me vi nas lágrimas que escorreram, nos abraços apertados, nas palavras de apoio.

Eu abri meus olhos e decidi que a dor não pode ser maior do que eu, que fugir é covarde e injusto. 

Saudades de mim!


Eu precisava dirigir...

Eu precisava dirigir, eu precisava chorar, eu procurava por mim! Olhar para si próprio é o maior desafio da vida, entender que muitas coisas não dependem de ti, mas partem de ti. Partem de uma decisão tua, de um ponto lá dentro. O problema é que na correria do dia-a-dia eu esqueci de mim. Me ocultei atrás de um namoro, de uma ilusão do perfeito. Não fui sincera comigo mesma, deixei de lado minha essência e vivi assim por muitos anos, eu acha que era feliz, plena e completa. Mas depositar sua felicidade em uma única coisa é a maior roubada. Nada nem ninguém merece  a responsabilidade de carregar essa tarefa. Só que o tempo se encarrega de tudo, e chega uma hora que não tem como fugir, e nessa hora tu tem que te encarar de frente, sem medo. É tão difícil ter que se encarar, descobrir que o perfeito não existe, lidar com tudo que está dentro de você: alegrias, medos, traumas, amores, dores, lembranças, cicatrizes, emoções, sentimentos...

Enquanto eu dirigia eu pensei sobre tudo que sei de mim mesma, mas pensei principalmente sobre o que não sei. Estou vivendo o desafio de me descobrir mulher, não mais uma garota. Vou confessar que está sendo doloroso, por que tem momento que simplesmente tu não sabe para onde ir, por que caminho andar, que rumo seguir... acho que por isso a necessidade de dirigir, para me sentir em movimento, olhar para fora e ver que mesmo parecendo o mesmo caminho tudo aos poucos vai se modificando. Nasce uma planta, constrói-se prédios, pinta-se as casas, abre um estabelecimento comercial, assim como morre uma árvore, derrubam uma casa, poluem o rio, envelhece a fachada. É o mesmo lugar, mas é diferente! E acho que é assim comigo também, sou eu, mas diferente, em construção, em processo constante de mudança e adaptação. Hoje sei que preciso encarar quem eu sou para me completar comigo mesma, sem depender de ninguém para depositar os sentimentos. Mesmo sabendo disso ainda me desvio nesse caminho as vezes, ainda dói tanto que as vezes fica difícil manter a razão, as vezes é muito difícil manter o equilíbrio. Ou vi dizer que viver é um eterno rasgar-se e remendar-se, talvez seja mesmo! 

Decepções

"Decepção machuca, porque só aqueles a quem amamos, tem o poder de nos decepcionar. Quando criamos expectativas, devemos saber que podemos nos frustrar, se a mesma não for correspondida. Quando temos grande sonhos, para grande pessoas, podemos descobrir com o tempo, que os sonhos eram maiores que as pessoas. Dói, porque morrem dentro de você, dói, porque é como ser decepado por dentro, dói, porque você acreditou e agora eu coração está sangrando. Todavia, os ventos que levaram aquilo que amamos são os mesmos ventos que trarão o que aprenderemos a amar. Hoje, é uma ferida aberta, amanhã será uma cicatriz que vai contar histórias" (Autor Desconhecido)

domingo, 28 de setembro de 2014

Até quando?

Ainda me lembro de como tudo começou, a confusão de sentimentos, o medo, o desespero, a angustia e a agonia. No inicio não compreendia o que estava acontecendo comigo, ao longo desses dois anos e especialmente deste ano, tive a oportunidade de entender melhor sobre a síndrome do pânico e as crises de ansiedade, pude pensar melhor sobre a minha vida e possíveis causas. Mesmo depois desse tempo todo, mesmo depois de passar pelos piores momentos da minha vida, mesmo depois de ter momentos de paz e calmaria, anda sou atormentada pelas crises, hoje identifico com mais facilidade, consigo pensar sobre ela, refletir acerca dos ocorridos e o que me fez chegar à crise. Mas nada disso diminui o que sinto quando estou em uma crise de pânico ou de ansiedade, é um sentimento tão ruim que logo toma conta de mim, me faz pensar em desistir de tudo, me faz pensar na morte. Já pensei em possibilidades de tirar minha vida, já pensei que vivi o bastante, já pensei e escrevi mentalmente minha carta de despedida. A dor ainda está dentro em mim e não sei por quanto tempo ainda vai me habitar. Não sei se vou conseguir! 

Superar é preciso!

"Se não existissem quedas, não existiriam triunfos. Você vai cair, se ralar, sangrar, chorar e até mesmo pensar em desistir de tudo. Depois vai perceber que todo eu esforço é inútil e que você precisa seguir em frente. Vai procurar forças, vai se olhar o no espelho e se sentir a pior pessoa do mundo. Por que tem que ser assim? Para você aprender a se reerguer. Não se apegar não é ser indiferente à vida. É ter o conhecimento de que o sofrimento chega, mas um dia ele deve partir. Superar é preciso. Levantar-se mais forte é essencial" Isabela Freitas /@isabelaafreitas



sábado, 27 de setembro de 2014

O tempo de uma flecha!


Tormentos à noite...

Sempre fui uma garota de muitos sonhos, não sonhos no sentido de objetivos, alias poucas coisas realmente me fizeram querer muito. Sempre digo que tenho os três momentos mais especiais da minha vida, são momentos em que me senti plenamente feliz, completa e realizada, e eles foram: conquistar a carteira de motorista, formatura no curso de Pedagogia e meu primeiro emprego em uma escola grande. Poucas vezes na vida me senti como naqueles dias, mal sei explicar o sentimento exato.
Mas hoje vim falar sobre os sonhos, pois é, sonhos que acontecem durante o sono. Como disse, sempre sonhei, havia noites que sonhava mais de uma história, entre esses sonhos muitos pesadelos. Mas até esse momento esses sonhos sempre foram uma parte de mim e pronto. Porém depois de passar por todas as crises e iniciar a terapia percebi que esses sonhos são mais do que simples histórias contadas por mim mesma ao dormir. Eles são recheados de significados, desejos ocultos e mensagens inconscientes, e por isso eles passaram a me atormentar! Alguns são fáceis de decifrar e refletir, outros são tão enigmáticos que quebro a cabeça tentando entender e muitas vezes até desisto, mas tem aqueles que são ligados diretamente com a minha realidade vivida atualmente, e são esses que mais me incomodam, não pelo fato em si de sonhar, mas pelos sentimentos que despertam em mim ao acordar. Alguns martelam o dia todo, cenas vindo e indo, não me deixando esquecer aquilo que eu não quero ver, nem pensar. Mais um elemento que me despertar angustia durante o dia, especialmente quando são assuntos que para mim estavam bem resolvidos. Definitivamente um ano de muitos desafios!


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Em processo...


Por uma Emili melhor!

Muita coisa vem mudando, desde maio minha vida tomou outro rumo, eu passei pelos piores momentos da minha vida! Momentos que eu não imaginei que um dia poderia passar, momentos em que eu acreditei que não poderia suportar, por crises, por momentos de ansiedade, momentos de medo e solidão. Por momentos que realmente acreditei que a minha vida tinha se esgotado, que a minha vida tinha acabado e que nada mais fazia sentido, eu procurei ajuda médica, psiquiatra e espiritual, me sinto hoje em um processo de retomada, um processo de reconstrução, de avanço, me sinto melhor. Ainda é difícil em alguns momentos, ainda é angustiante. Terminei um namoro de oito anos, eu me vi totalmente sozinha, sem referencias, tive que começar do zero, e estou tendo que conhecer uma nova Emili, uma nova parte de mim que eu nem sabia que existia. Passei por momentos de calmaria, momentos onde eu pude entender que a realmente a vida faz sentindo, eu consegui entender que a vida tem sentido independente dos momentos difíceis, mesmo assim depois de tanta conversa, depois de tanta reflexão, de toda a medicação eu ainda me pego em choros, em momentos de tristeza, eu ainda me pego em crises, em momentos de angustia. Eu tenho medo do futuro, tenho medo do que eu não sei o que vai acontecer, eu tenho medo da solidão, eu tenho medo das coisas que eu não posso proceder, eu tenho medo de estar caminhando na direção errada, eu tenho medo de não estar caminhando, eu tenho medo de perder meu emprego. Eu tenho tanto medo! As vezes eu acho o que medo conduz muito a minha vida. A síndrome do pânico parece estar controlada, mas eu ainda tenho medo, medo que ela faça parte da minha vida pra sempre, medo que ela me atormente, medo que ela não me deixe viver em paz. Mais uma vez me refugio na capela na escola, a capela da escola se tornou muitas vezes meu lugar de refugio, onde muitas vezes eu chorei tudo que precisava chorar, um lugar onde eu pude pensar, um lugar onde eu pude me conectar mais com Deus. Porém estar aqui de novo, significa que a dor ainda vive em mim, que o medo ainda vive em mim, que angustia vive em mim, que a ansiedade ainda está presente. Continuo pensando até quando isso vai acontecer, penso e não sei que passou mais eu tenho que dar para conseguir dominar, para conseguir ter mais controle sobre a minha vida e sobre os meus sentimentos. Acho que o pior já passou, acredito que agora as coisas vão melhorar, tenho muita fé, alias nunca perdi a fé, nem nos momentos mais dificeis eu perdi a fé, sempre acreditei que haveria um momento onde tudo isso será apenar lembranças de um momento onde cresci e aprendi muito. Espero que o próximo texto venha dizer sobre esse momento como memória, como parte de uma construção de uma Emili melhor, de uma Emili mais saudável, mais ativa, mais feliz. Enquanto isso eu espero!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Uma luz!

Hoje tive um sonho que me fez pensar muito sobre a minha vida, sobre o momento que estou atravessando!
 Sonhei com uma menina que era negra e muito bonita, porém odiava essa situação, por isso fez uma máscara (daquelas de filme que cobre toda a pele) e todos os dias antes de sair de casa ela vestia sua “fantasia” de menina branca, foi quando conheci ela, vivia triste por ter que viver se escondendo, mas não sabia como sair dessa situação. Então, eu e o irmão dela, um menino negro muito bonito, decidimos que o único jeito de libertar ela dessa condição que vivia seria matando ela enquanto estivesse vestido “fantasia”, e assim armamos um plano, daríamos remédio em excesso para ela, assim quando acordasse só restaria ser quem ela realmente era. Não lembro como o sonho terminou, lembro de sentir medo por matá-la, medo por força-la a ser alguém que ela ainda não queria ser: ELA MESMA!

Fiquei pensando sobre minha vida, sobre o porquê disso tudo estar acontecendo comigo, e de certa forma me sinto como essa menina, aprisionada em uma vida que não me “pertence” mais, vivi um lindo romance, um amor de adolescente e foi maravilhoso, foi eterno enquanto durou, mas eu cresci eu mudei, ele cresceu ele mudou! Não posso continuar levando a vida como se ainda tivesse 18, 19 anos, o tempo já passou, as coisas não são mais as mesmas, as necessidades de ambos mudaram. Talvez esse sonho tenha me tocado tanto, porque me sinto tirando a máscara, virando a página, “matando” a adolescente que vivia em mim para assumir uma posição mais adulta, com novo interesses, necessidades e desejos. Entendo melhor essa ansiedade, esse medo do novo, do desconhecido, porque vivia em um mundo onde não precisava fazer movimentos diferentes, era confortável. Mas meu corpo, minha mente pediu socorro, para mim mesma! Estou vivendo um momento de luto, mas não só pelo fim do namoro, mas também pelo fim de uma etapa em minha vida, uma etapa que foi muito importante e estará comigo para sempre, mas como lembranças, dói pensar que isso ficará no passado, mudar é difícil, se desacomodar é desconfortável, mas hoje vejo o quando é necessário. Começo e me reconhecer, reencontrar! 

O tal do tempo

"Não é fácil conversar com o tempo. O tempo não nos escuta. Ele tem ritmo contínuo e democrático. Passa para todos. É responsável por todas chegadas e partidas. O tempo é senhor do destino. Intocável, ele age sobre todas as coisas. Dos homens e da natureza. E mais, o tempo não possui tamanho. Só ele é capaz de colocar ponto final em tudo" (Queirós)


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Espero o tempo passar...

ACABOU, palavra tão pequena, mas que fez um enorme estrago dentro de mim! Recomeçar, seguir em frente parecem frases tão óbvia para esse momento, mas apesar de saber que é necessário não sei por onde começar, sinto que virei uma página e me deparei com um capitulo novo, EM BRANCO. As lembranças invadem meus pensamentos mesmo contra minha vontade, foram oito anos, um terço da minha vida e agora simplesmente não sei quem sou, ou quem me tornei. 
Hoje senti falta de mim, falta de quem eu já fui! Hoje olhei bem para dentro de mim e percebi que não estava aqui, me dei conta que já não me encontro mais! Não sei por que caminho estou seguindo, estou deixando a vida me levar, espero que uma hora ou outra o destino ajeite as coisas, que as dores fiquem no passado, que as cicatrizes não doam mais e só fique aquilo que for verdadeiro. Para frente esse é o sentido da vida, mas me sinto totalmente parada, as cores desbotaram e nada mais tem alegria, é apenas um passar de dias, um contar de horas, um dormir e acordar sem nenhum propósito. Espero o tempo passar, na esperança de que traga coisas boas, paz, tranquilidade para minha alma tão ferida.

“O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim” (Lua Nova, 73)

domingo, 21 de setembro de 2014

Saudade!!!

Saudade é um sentimento forte, que inclusive faz doer. Hoje com tudo que vem acontecendo estou sentindo uma enorme saudade no meu peito, saudades de mim! Saudades de quem eu fui, de um tempo onde medo era uma palavra distante e com pouco sentido. Sei que a vida é feita de momentos, fases e processos, estou vivendo o pior momento da minha vida, não me encontro dentro de mim, vivo um horror de angústia, medo e ansiedade. Tenho medo que isso me consuma e se torne meu eu, sem que eu possa voltar a ver a pessoa que “me conheci” um dia. Medo de estar caminhando por um caminho sem volta. Está difícil ver esperança, mesmo quando todos dizem “isso vai passar”. Ainda não perdi a fé nessas palavras e nem na minha essência, mas sinto um esgotamento muito grande a cada crise a cada dia que não melhoro. Até quando? 

sábado, 20 de setembro de 2014

Socorro!

Sinto que estou morrendo por dentro, me despedaçando em mil, como se minha alma gritasse socorro! Nunca entendi nem aceitei a morte, mas hoje me pego pensando se não seria melhor assim, ir embora, descansar dessa dor. Não sabia que um ser humano poderia produzir tantas lágrimas, mas esses últimos dias me provaram que é possível chorar muito! Hoje pensei que não iria conseguir ir trabalhar, mas fui, na esperança de encontrar conforto nos olhos das crianças. Ainda estou muito mal, de alguma forma, me sinto em uma espécie de “piloto automático” queria desligar meus sentimentos. SOCORRO!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Em frente, sempre!

Mesmo cansada de tudo procuro me manter firme, não sei se por algo ou alguém, mas espero que por mim mesma. Está difícil, não nego, mas procuro superar, tentar seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem me puxar para baixo. Procurei ajuda e me sinto dando passos lentos rumo a uma luz de cura e paz. Vontade de me reencontrar, de me sentir viva de novo, ou melhor, de me sentir feliz em estar viva e não continuar vivendo por vivendo, “indo” como costumo dizer... Indo? Indo pra onde? Porque essa angustia insiste em me acompanhar por tanto tempo? 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Espero...

Que difícil, quando isso vai passar? Estado de agonia / angustia constante... Rivotril, choro, desanimo, tristeza são palavras que me descrevem perfeitamente! Cansada de ficar refém desses sentimentos que não tem hora nem lugar para me invadirem. Não acordo assim, ele simplesmente acontece, tenho reparado que acontece mais ao final de tarde, engraçado, justamente o que foi o meu momento preferido do dia, sempre gostei do final da tarde, de ver o pôr do sol e o colorido que fica no céu. Agora me deparo com essa agonia dentro de mim praticamente todos os dias. Faltam 2 dias para começam a trabalhar, estou ansiosa para voltar, mas não acho que isso justifica essa angustia constante. Sinto que preciso de ajuda, mas não sei direito com quem compartilhar isso sem magoar ou passar a responsabilidade. Sei lá, me sinto tão confusa! Tão sozinha mesmo rodeada de pessoas que me amam e que se importam comigo. Vejo nos olhos da minha família a preocupação. Dr. Rodrigo disse que eu tenho que viver, sair de casa retomar a vida e deixar de lado esses sentimentos, espero do fundo do meu coração que quando minha rotina voltar ao normal que isso alivie, porque não sei se consigo viver com isso. Vontade enorme de chorar, mas escrever me ajuda, sempre fico na espera de alguém que possa ler e me ajudar. Quem? Espero...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Chorar...

Sempre pensei que chorar fosse uma espécie de lavar a alma, só que nos últimos tempos isso tem sido uma constante na minha vida, na minha rotina, chorar, sentir agonia.
Hoje fiquei sabendo que algumas colegas de serviço foram demitidas e isso foi o suficiente para abrir uma pontinha de angustia dentro de mim, não era muito chegada à elas, mas parece que agora tudo é motivo para essa dor de barriga, essa agonia no estomago. O pior é não tem com quem compartilhar isso, a única pessoa que me escuta, me entende é a minha mãe, mas sei que dividir isso com ela está sendo um peso muito grande pra ela. Na última quarta  tive uma crise de choro muito forte, e acabei falando algumas coisas que não deveria, uma leve vontade que tive de sumir, de não existir, de morrer! Percebi o medo no rosto da minha mãe e isso me mata por dentro. Fiquei sabendo que ela fez uma promessa pra Deus pedido para eu ficar boa, em troca ela pararia de fumar, só eu sei o quanto isso significa pra ela, então entendo que estava em desespero quando fez esse pedido.
Estou sendo um peso para aqueles que gostam de mim! Minha mãe anda trabalhar muito, com medo de ser transferida de unidade e não bastasse essa preocupação ainda tem que se preocupar comigo sabe? Uma barbada que não consegue resolver os próprios problemas? Muito injusto. Não divido isso com meu namorado porque só o vejo aos finais de semana, não vou estragar nossos poucos momentos com queixas e lamentos. Algumas vezes ele presenciou ataque de pânico ou de angustia, todas as vezes soube me dar espaço, me entender e me respeitar. Também não quero ser uma fonte de preocupação pra ele.
Hoje não tenho sintomas da síndrome do pânico, tenho uma angustia na barriga, uma dor no estomago, vontade de chorar, tristeza, não sei explicar. Chorar e escrever ajudam a me acalmar.
Realmente espero que um dia alguém possa ler isso, me entender, me ajudar sem se envolver emocionalmente.

Fico preocupada sabe? Em breve voltam as aulas, preciso estar bem, equilibrada para poder exercer minhas tarefas, passar confiança para as famílias e alunos. Como vai ser se isso continuar? Será que a medicação ainda vai demorar para me ajudar a melhorar? Tenho lembranças tão boas de quando não tinha que conviver com isso. Triste. L

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Por quê?

Casa? Lar doce lar? Não deveria ser sinônimo de segurança? Realmente não consigo entender o que está acontecendo comigo! Acabei de voltar de uma viajem maravilhosa de 3 dias em Canela com minha mãe e avós, foi realmente muito legal. Chego em casa e novamente aquele frio na barriga, diarreia, coração acelerado. Por quê isso depois de tanto tempo?
Terceira crise em um período de 15 dias, isso me preocupa muito e a pergunta que não quer calar: POR QUÊ? O que me faz sentir essa insegurança? Medo? Será que é isso que estou sentindo? Na verdade nem sei direito. Ver  a preocupação nos olhos da minha mãe me matam! Outro dia ela chorou comigo quando tive uma crise, como foi difícil. Sempre nos falamos com o olhar e agora tento evitar olhar no fundo dos olhos dela, não passar essa insegurança. Às vezes acho que ela se sente culpada por eu estar/ser assim! Então me sinto culpada duas vezes: por estar assim e por deixa lá assim.
Estou chorando, não consigo controlar. Preciso de ajuda! Socorro!
Da pra acreditar que em pleno ano novo tive uma crise? Forte! 1 hora da manhã tive que deitar a dormir, não aguentei! Alias não aguento mais viver assim! Marquei uma consulta com o psiquiatra Rodrigo, que me atendeu na primeira vez que apresentei essas crises. Mas fico pensando... será que vou ficar referem disso a vida inteira?

Triste, me sinto triste, derrotada, refém do remédio de uma condição que vai além do meu controle. Cansada! 

domingo, 14 de setembro de 2014

A confusão de sentimentos

Eu nunca tinha pensado sobre o medo, na verdade sempre falamos sobre os sentimentos: amor, coragem, lealdade, insegurança, ciúmes e medo. Mas só é possível entende-los verdadeiramente quando se sente, alias sentimentos foram feitos para sentir e não explicar. Já tinha sentido medo, medos reais: medo de assalto, medo de insetos, da morte, de perder entes queridos, mas nada se compara ao que tive nos últimos tempos.
Tudo começou de repente, eu estava em uma pizzaria, inicialmente pensei que estava passando mal do estomago, fiquei bem nervosa. Quando me dei conta que não era nada estomacal associei a saudade do meu namorado, afinal, em seis anos era a primeira vez que havíamos nos separado por tanto tempo, ele havia ido viajar para outro país e nossa comunicação estava restringida. Me convenci que havia sido isso.
Duas semanas depois fui a um reencontro com ex colegas de serviço, quando cheguei me senti muito deslocada, uma sensação estranha, afinal já havíamos feito tantas vezes esses tipos de encontros. Quando todos começaram a me perguntar sobre meu namorado a ‘coisa’ piorou, foi crescendo dentro de mim, uma ansiedade, e eu sentia que não podia mais ficar ali, fingi que recebi uma ligação de emergência e sai o mais rápido possível. Chorei todo o caminho de volta, quando cheguei minha mãe se assustou, logo me abraçou e tentou me acalmar. Mas algo dentro de mim parecia que ia explodir, meus pés e mãos formigavam, e eu estava muito nervosa. Já tinha certeza que era saudade do namorado, afinal tudo piorou quando ele foi lembrado.
Só me dei conta que talvez não fosse isso quando, poucos dias após esse episodio no shopping fui atacada novamente por essa sensação, dessa vez me senti em pânico, não sei se medo, mas pânico, desespero, uma ansiedade muito grande dentro de mim, meu coração disparou, meus pés e mão começaram a formigar e pensei até que fosse desmaiar, liguei para minha mãe imediatamente, ela me orientou que fosse ate a praça de alimentação que estava indo me encontrar. Lutei pra não chorar e foram os 30 minutos mais longos da minha vida, tomei quase um litro de coca-cola e fui ao banheiro muitas vezes. Quando ela chegou me senti melhor, mas ainda estava muito abalada. Em casa fiquei mais calma, mas ainda estava ansiosa, nervosa, e não conseguia parar de ir ao banheiro. 
Durante a semana tive dois dias ruim do estomago, vomitei, fiquei fraca e muito frágil e a sensação de pânico as vezes vinha, mas não ficava muito. Permaneci em casa o resto das férias, evitava sair. Passei a ter medo de ter novamente uma crise. Fiquei assustada e marquei psiquiatra.
Iria iniciar um emprego novo daqui a 2 semanas e o psiquiatra era só dali um mês.  Graças a Deus meus primeiros dias foram ótimos, eu estava bem, até me sentia feliz de novo. Até o dia em que tive uma nova crise, eu estava na escola, já na entrada percebi que algo vinha se aproximando, tentei me acalmar, quando vi meus alunos me esperando quase comecei a chorar, eles precisavam de mim e eu tinha que me segurar, por eles. Foi uma tarde horrível, tive todas as sensações: ansiedade, nervosismo, suor frio, formigamento nos pés e mãos, descontrole da urina. Sem dúvidas a pior tarde da minha vida, porque meus alunos precisavam de mim, e eu não conseguia dar atenção à eles. Quando cheguei em casa chorei muito, fiquei mal do estomago.  
Após a consulta com o psiquiatra me senti mais segura, entendi um pouco o que estava acontecendo comigo, por algum motivo desenvolvi síndrome do pânico, e agora medicada achei que as coisas realmente fossem melhorar mesmo. Não posso negar que de fato consegui me controlar mais, e com os remédios não tive mais crises, a única ameaça, consegui controlar com auxilio da medicação. Me senti um pouco dopada, mas consegui me controlar e isso foi uma grande vitoria.
Mas agora, de vez enquanto me sinto muito triste e choro muito, se perguntarem nem sei o motivo exato, mas choro muito. Sinto que estou doente e preciso de ajuda pra me recuperar, quero muito acreditar que isso é só um momento que estou enfrentando. 
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Um estranho sentimento

Quando decidi criar o blog, não sabia bem qual era minha intencionalidade. Mas estou vivendo o pior momento da minha vida, fui diagnosticada com Síndrome do Pânico e desde de então minha vida mudou, nos últimos tempos se revirou. Me sinto perdida (...) Por isso decidi contar a minha história e tudo que estou vivendo (... ) #medo   #ansiedade  #angustia   #sintromedopanico   #depressão