Muita coisa
vem mudando, desde maio minha vida tomou outro rumo, eu passei pelos piores
momentos da minha vida! Momentos que eu não imaginei que um dia poderia passar,
momentos em que eu acreditei que não poderia suportar, por crises, por momentos
de ansiedade, momentos de medo e solidão. Por momentos que realmente acreditei
que a minha vida tinha se esgotado, que a minha vida tinha acabado e que nada
mais fazia sentido, eu procurei ajuda médica, psiquiatra e espiritual, me sinto
hoje em um processo de retomada, um processo de reconstrução, de avanço, me
sinto melhor. Ainda é difícil em alguns momentos, ainda é angustiante. Terminei
um namoro de oito anos, eu me vi totalmente sozinha, sem referencias, tive que
começar do zero, e estou tendo que conhecer uma nova Emili, uma nova parte de
mim que eu nem sabia que existia. Passei por momentos de calmaria, momentos
onde eu pude entender que a realmente a vida faz sentindo, eu consegui entender
que a vida tem sentido independente dos momentos difíceis, mesmo assim depois de
tanta conversa, depois de tanta reflexão, de toda a medicação eu ainda me pego
em choros, em momentos de tristeza, eu ainda me pego em crises, em momentos de
angustia. Eu tenho medo do futuro, tenho medo do que eu não sei o que vai
acontecer, eu tenho medo da solidão, eu tenho medo das coisas que eu não posso
proceder, eu tenho medo de estar caminhando na direção errada, eu tenho medo de
não estar caminhando, eu tenho medo de perder meu emprego. Eu tenho tanto medo!
As vezes eu acho o que medo conduz muito a minha vida. A síndrome do pânico
parece estar controlada, mas eu ainda tenho medo, medo que ela faça parte da
minha vida pra sempre, medo que ela me atormente, medo que ela não me deixe
viver em paz. Mais uma vez me refugio na capela na escola, a capela da escola
se tornou muitas vezes meu lugar de refugio, onde muitas vezes eu chorei tudo
que precisava chorar, um lugar onde eu pude pensar, um lugar onde eu pude me
conectar mais com Deus. Porém estar aqui de novo, significa que a dor ainda
vive em mim, que o medo ainda vive em mim, que angustia vive em mim, que a
ansiedade ainda está presente. Continuo pensando até quando isso vai acontecer,
penso e não sei que passou mais eu tenho que dar para conseguir dominar, para
conseguir ter mais controle sobre a minha vida e sobre os meus sentimentos.
Acho que o pior já passou, acredito que agora as coisas vão melhorar, tenho
muita fé, alias nunca perdi a fé, nem nos momentos mais dificeis eu perdi a fé,
sempre acreditei que haveria um momento onde tudo isso será apenar lembranças
de um momento onde cresci e aprendi muito. Espero que o próximo texto venha
dizer sobre esse momento como memória, como parte de uma construção de uma
Emili melhor, de uma Emili mais saudável, mais ativa, mais feliz. Enquanto isso
eu espero!
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