As lagrimas
escorreram de forma incontrolável, a dor golpeou meu coração e invadiu minha
alma. Medo e solidão! Minhas forças pareciam inalcançáveis. Tudo estava tão
confuso, minha mãe chorava, minha avó estava nervosa, meu tio ajoelhado
chorando e meu mundo desabando. É um pouco do que lembro daquele momento em que
eu escolhi desistir de tentar. Fechei os olhos na esperança da dor passar, mas
ao contrario, eu me senti pior!
As quedas
virão e a dor será inevitável, mas a escolha sempre será MINHA. No dia 11 de
setembro eu escolhi desistir, eu me senti tão cansada que deixei a dor tomar
conta de todo meu corpo. Estava cansada de pensar, cansada de criar
expectativas, cansadas de me cobrar o tempo todo, cansada de ter que atender
expectativas, cansada de não respeitar o tempo. Desistir é mais fácil, a morte
é fácil. Viver e enfrentar é difícil, complexo e desafiador. Eu escolhi viver porque
acredito no amor e no poder que ele tem de transformação. Naquele dia eu vi o
amor nos olhos da minha família, eu olhei bem no fundo dos olhos daqueles que
amo e me vi lá dentro, me vi nas lágrimas que escorreram, nos abraços
apertados, nas palavras de apoio.
Eu abri meus
olhos e decidi que a dor não pode ser maior do que eu, que fugir é covarde e
injusto.
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