domingo, 28 de dezembro de 2014

Mudanças

“Então é natal, e o que você fez?” A velha pergunta de todos os anos, é como se todo final de ano te provocasse essa pergunta repetidas vezes. “O que você fez?” Esse ano, essa pergunta ecoou diferente, pois esse ano foi tudo diferente.            
Parei para pensar em tudo que vivi durante o ano, e se eu tivesse que responder essa pergunta eu diria, esse ano eu fiquei viva, mesmo nos momentos mais difíceis eu escolhi lutar, tentar de novo, recomeçar. Pensei muito na minha família e no quanto ela é importante, sem duvidas minha maior riqueza. Depois pensei nos meus amigos, nas antigas amizades e nas pessoas que chegaram agora, pensei em como cada uma delas tem um significado diferente e importante.
Pensando no ano que está acabando vem logo a minha cabeça a palavra mudança, percebi que as mudanças nos fazem crescer, tanto as mudanças boas, quanto as ruim, todas trazem algo positivo para nossa vida. As mudanças nos desacomodam, nos fazem pensar e refletir sobre a complexidade que é viver. Mudar é recomeçar, e a vida é feita de recomeços.
A mudança anda em paralelo com a esperança, pois sempre que mudamos criamos a esperança de que algo melhor vá acontecer e assim a vida se renova. Minha vida mudou e eu mudei, algumas mudanças me trouxeram medo e vazio, outras me trouxeram sabedoria  e conhecimento, mas confesso que muitas vezes foi difícil equilibrar o medo de mudar com o benefícios da mudança.

Então se prepare para a mudança, pois ela vai acontecer, vai chegar quando você menos esperar e vai mudar a sua vida. Recomece seus planos, renove sua esperança e viva a mudança!
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO! Até 2015 ;) 


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Obrigado por acabar com a minha vida!

"Com você eu pensei ter sentido tudo que eu podia das coisas boas da vida. Mas me enganei. E que bom. Conheci outras bocas que também viram graça na minha. Deitei com outros corpos que gostaram do meu. E pouco a pouco estou recuperando cada um dos motivos que me faziam bem, e o melhor, estou conhecendo novos, dos quais talvez eu não conheceria se você estivesse aqui. A vida tem dessas. Tua ida esvaziou um espaço bom para eu ocupar. Depois de tanto lutar para tentar tirar você da minha cabeça, dei a mão para o tempo me ajudar a virar a página. Reencontrei meus sonhos no mesmo lugar onde havia perdido a esperança em realizá-los.
Queria alguma outra frase bonita, mas: obrigado por acabar com a minha vida."
Márcio Rodrigues
http://umtravesseiroparadois.com.br/obrigado-por-acabar-com-a-minha-vida

domingo, 14 de dezembro de 2014

O FUTURO É AGORA!

Já disse que tenho medo do futuro? É, eu tenho! Porque eu tenho medo de tudo que é incerto, tenho uma péssima mania de tentar controlar todas as coisas na minha vida, ou pelo menos acreditar que tenho esse controle, mas com o futuro não dá para ser assim.
Na verdade acredito que vivemos muito de futuro, ou pelo menos esperando por ele, vejo nas escolas as crianças se preparando para o futuro, os jovens cursando faculdade para viverem melhor no futuro, os adultos fazendo previdência privada para o futuro, mas e quando vivemos o AGORA?
Se o futuro é algo que está além do nosso alcance porque viver tanto esperando por ele? Não digo que isso não é importante, é lógico que pensar, planejar e se preparar para o futuro é de extrema importância, mas fico pensando no AGORA, o que estamos fazendo no nosso agora, que é o tal PRESENTE?!
Como estamos trançando nossas histórias de vida? Como ocupamos nossos dias antes do futuro? Com que frequência pensamos e vivemos o AGORA por ele mesmo?
Não sabemos NADA sobre o futuro, mas sabemos o bastante sobre o AGORA para torná-lo lembrança de um futuro, então, trate de focar seu olhar para as pequenas coisas do seu dia-a-dia, tornar seus momentos dignos de saudade, pois assim quando o futuro chegar você terá acumulado um montão de AGORAS que se tornaram um lindo PASSADO, recheado de histórias para contar.

Sim, continuo com medo do futuro, mas vivo intensamente o AGORA, pois é ele que me garante a tranquilidade de estar vivendo da melhor forma possível. E quem sabe assim o FUTURO seja somente a continuação do AGORA!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

DOR

A dor é capaz de cegar, ela embaça sua visão e não te permite ver além do sofrimento. É como se a dor dominasse seu coração e envolvesse sua mente, como uma neblina escura que não te permite enxergar o caminho. A dor anula a esperança, a dor não prevê futuro e não permite possibilidades, ela é dominadora e controladora.
A dor é um grito calado, uma lágrima que escorreu sem a nossa permissão, é um nó estômago, é um incomodo que parece não ter fim, é um adeus que nunca foi dito, é uma lembrança dolorida.

Por outro a dor te faz lembrar que você está vivo, pois ela te faz sentir, mesmo sendo os piores sentimentos, ela te lembra que há um coração que bate num ritmo continuo, mas que pode doer. A dor também te lembra daquilo que você viveu, pelos fragmentos de alguns momentos felizes. A dor cega, a dor dói, mas ouvi dizer que um dia ela passa!


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Depressão

"A depressão é sim uma doença e tem afetado cada vez mais pessoas pelo mundo. Tem-se que, atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro e que de acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde, no ano de 2030 a depressão será a mais comum, entre todos os tipos de doenças.
Sendo assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma animação para mostrar de forma clara o que é a depressão, e como se livrar deste problema. Desta forma as pessoas que nunca sofreram desse mal podem entende-lo melhor".

http://awebic.com/pessoas/o-que-e-depressao-animacao-4-minutos-esclarece-assunto/

sábado, 22 de novembro de 2014

Precisei me perder para me encontrar!

Precisei me perder para poder me encontrar, precisei repensar sobre cada história que vivi, precisei escrever sobre cada sentimento que senti para ouvir o que meu coração precisava expressar.
A verdade é que não há ninguém que possa te entender melhor do que você mesmo. Você pode facilmente enganar as pessoas com um discurso cheio de palavras que na verdade não dizem nada do que se passa por dentro de você, mas no final do dia não é possível se enganar tanto assim, não é possível convencer seu coração daquilo que ele não quer sentir. E chega um momento que o coração vai querer falar e nesse momento você precisa escutar. Mesmo que guarde só para você, mesmo que você insista em resistir, uma hora ou outra a rua fica sem saída e então, nesse momento é preciso se encarar de frente.
Foi no meio de caos de sentimentos, em uma confusão de ideias que eu parei para me ouvir, e quando me ouvi me surpreendi com todas as coisas que procurei ignorar, não é que deixei de ouvir o que as outras pessoas tinham a me falar, mas eu entendi que me faz sentindo aquilo que eu mesma tenho a dizer.
No entanto se ouvir é uma das tarefas mais difíceis que enfrentei, porque seu coração não diz só aquilo que você quer ouvir, o discurso nem sempre é afinado e com palavras bem escolhidas, mas ele é o mais verdadeiro.
Já afastei pessoas da minha vida por não querer ouvir o que elas tinham a dizer, mesmo sabendo que poderiam ter razão, mas com o coração não é possível fazer isso, tá certo, você pode tentar ignorar, mas no fundo você sabe, sempre soube, e quando chega hora de encarar, você deve estar pronto para mudar, para assumir, para se respeitar e se responsabilizar.
É difícil se ouvir, é difícil encarar o que você próprio tem a dizer, mas agora eu sei que é fundamental, que é inevitável, que é sofrido, mas muito recompensador. Por que quando você se ouve, você se conhece, e então você se entende, você entende coisas que antes eram apenas coisas, você dá um novo sentindo ao modo que encara a vida.

Precisei me perder para me encontrar, foi a viajem mais difícil que fiz, mas sem dúvidas a melhor delas! 

domingo, 16 de novembro de 2014

Decepções

"Precisamos de decepções para amadurecer. Sem elas, nada seríamos. É como se a cada decepção fosse dado um frasco de vida, e cada vez que no machucamos temos mais vontade de viver. Se não existisse as dores do mundo, seríamos todos frágeis, fracos, feito de papéis que se rasgam facilmente com qualquer puxão. Então, que venham as decepções, as quedas, as feridades abertas, as cicatrizes, o sangue espalhado pelo chão. Mas que eu nunca perca minha vontade de viver e de me realizar. Que nunca desista daquilo em que acredito e daquilo que sonho. Que as decepções não me impeçam de voar alto." 
Isabela Freitas


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Erros

Se eu parar para pensar em tudo que deu errado esse ano e nas vezes que eu pensei em desistir vou ter que pensar na força que tive para enfrentar os meus piores medos. Mas parando para pensar é possível reconhecer que cada erro me deu novas chances para recomeçar, novas histórias para contar.
Lutei tanto para tentar me entender, para buscar respostas, queria entender o motivo de me sentir tão perdida dentro de mim mesma, que acabei deixando de ver os sinais que me indicavam o caminho.

Não é que deixei de errar, não mesmo, mas agora encaro o erro com cara de lição, como uma nova possibilidade de refazer e quem sabe então acertas. E sabendo disso fica mais claro perceber que mudanças são sempre necessárias. 


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Sabe o que vale?

Por muito tempo eu pareci agir pra agradar esquecendo que quem deve gostar mais de mim sou eu mesmo. O que vale é errar por tentar, mais do que pela covardia em não enfrentar. O que vale é não me importar com o que pensam de mim desde que eu sabia que estou dando o melhor. O que vale é correr atrás uma, duas, dez, cem vezes, a quantidade de vezes que eu pensar ser importante, correr atrás o bastante até que meu coração aceite que já fez tudo o que podia. O que vale é ligar, é dizer que estou com saudade, ainda que não me digam "Eu também", até porque o que vale é eu fazer as coisas pelo que sinto e não pelo que espero que sintam por mim. O que vale é mandar a merda a droga do pensamento negativo que muitas vezes me impede de fazer o que sinto só por medo de não saber como vai ser! Quem sabe como vai ser? Nem sempre as experiências são diretrizes para o que se deve fazer em outras vidas, ou seja, não é porque deu errado com alguém que necessariamente vai dar errado comigo, não é porque não te atenderam quando ligou que não vão me atender quando eu ligar. O que vale é eu dormir com a paz de seguir quem EU SOU e não quem QUEREM QUE EU SEJA!
O que vale mesmo é ser real.
Márcio Rodrigues
www.umtravesseiroparadois.com.br




sábado, 8 de novembro de 2014

Tenho medo...

“Eu tenho medo de ser esquecido” disse Augustus Water, personagem do livro: “A culpa é das estrelas”, esse livro me trouxe várias reflexões sobre a vida, mas essa frase em especial  me fez pensar sobre o sentido das nossas ações na vida das outras pessoas. Quais marcas deixaram no coração e na memória das pessoas que passaram pelo nosso caminho? Confesso que tenho medo de ser esquecida por aqueles que eu julgo importantes na minha caminhada, aqueles que foram importantes da construção da minha história.
A verdade é que exijo demais das pessoas, de certa forma, eu espero que os outros preencham um espaço dentro de mim, porém dar a outras pessoas a responsabilidade de me tornar completa não é justo, porque sempre haverá frustrações, pois não é possível medir o que uma pessoa sente por mim pelo modo que eu espero que ela demonstre, também não é certo esperar reciprocidade sempre. Mas o medo de ficar sozinha é tão grande que às vezes acabo me entregando demais, esperando demais e consequentemente me magoando demais.

Ainda é difícil manter um equilíbrio entre o gostar e o necessitar de algo. De repente estou envolvida demais, cometendo os mesmos erros que outrora prometi deixar de lado. Contudo vou vivendo, errando e aprendendo sempre.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Recomeçar é PRECISO

Eu já entendi que as coisas não vão ser como eu gostaria que fossem. Entendi que as frustrações são necessárias e que tudo tem seu tempo! Talvez meu grande fraco seja o ponto final, não gosto de desistir das coisas, sempre acredito que pode dar certo, por que na minha cabeça houve essa possibilidade.
Tem funcionado assim na minha vida há muito tempo, as coisas sempre aconteceram como pensei  e como planejei, só que de uns tempos pra cá isso mudou, eu tive que encarar que a vida não é uma fábrica de desejos e que as pessoas não serão sempre como eu espero que elas sejam, e que nem por isso elas me querem menos bem.
Acho que as vezes eu insistia tanto que uma coisa tinha que dar certo que eu me cegava e não conseguia ver os sinais, amenizava o que não era tão bom e valoriza demais o pouco que era bom, simplesmente pelo fato de não aceitar que poderia dar errado.
 Acho que no fundo eu vivi muito tempo pensando, planejamento e controlando tudo que deixei de ver e pensar na coisa mais importante de tudo isso: eu mesma!
Pela primeira vez a vida me fugiu do controle e a frustração foi tão grande que eu pensei não suportar mais viver, o que eu não sabia é que de fato eu não suporto mais viver desse jeito, eu não suporto mais não suportar um não, eu estou cansada de criar expectativas sempre, de cobrar demais, de exigir demais, de necessitar de aceitação sempre, de esperar das pessoas entrega mútua, como se essa fosse a única forma de continuar sendo alguém na vida delas.  
Não, eu não preciso mais dessa necessidade de já pensar em tudo antes mesmo que ela aconteça, por que isso está me impedindo de ver novos começos, não dá para querer ver o fim antes de mesmo começar.

Então na verdade eu preciso dar adeus a muitas dessas velhas coisas que me habitam para dar espaço às novas coisas, nessa nova vida que acaba de começar. 


domingo, 26 de outubro de 2014

sábado, 25 de outubro de 2014

O tempo de um tempo!

O tempo é capaz de curar tudo. Essa foi a frase que mais ouvi esse ano, como conselho, como consolo e até palavras de incentivo. Desde então, iniciei uma batalha com o tal do tempo, e confesso que foi a batalha mais difícil da minha vida, por que o tempo não nos escuta, ele passa de forma constante, independente à nossa vontade, esperar o tempo passar e desejar um ritmo para ele é torturante e totalmente inapropriado.

Mesmo com essa luta e com o desejo constante que o tempo passasse logo e trouxesse paz para minha vida, ele passou no tempo dele, em um ritmo continuo e democrático. E ao passar foi tecendo pedaços da minha história, laços importantes da minha nova vida, e então eu percebi que as pessoas não estavam erradas, de fato o tempo cria cicatrizes para todas as dores, mas elas não me disseram o mais importante: é o caminho entre um tempo e outro que traz a cura, é as experiências vividas, os erros e acertos, os momentos de calmaria e de turbulência, as tentativas e possibilidade, é o processo que torna possível a cicatrização e restabelecimento.

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Da sala de espera...

Da sala de espera o mundo girava, uma criança chorava, um bipe constante apitava e minha cabeça voava, viajando por lugares longes: lembranças.
Da sala de espera eu pensava nas últimas conversas que tivemos, eu pensava nas conversas que não tivemos, nas palavras que ficaram no ar. Se eu soubesse que aquele seria nosso ultimo abraço eu teria apertado um pouco mais forte, eu teria agradecido pelas tantas coisas boas que compartilhamos. Mas a gente nunca sabe quando será o ultimo abraço, o último beijo, o último suspiro, então vivemos arriscando e nos equilibrando nas escolhas e consequências de viver.
Da sala de espera eu sentia meu coração pulsar mais forte ao lembrar do amor que dediquei, do amor que recebi e de como isso foi se perdendo ao longo do tempo, de como te vi mudar, de como te vi me afastar, de como sofri ao sentir que o adeus estava tão próximo de nós!
Da sala de espera eu sabia que essa não era uma briga qualquer, eu sabia que tudo estava prestes a mudar, eu sabia que precisava me libertar, deixar o sentimento voar, esperar.

Da sala de espera eu vi minha melhor amiga indo embora da minha vida, e percebi que era um caminho só de ida. Eu percebi que amizade é muito mais do que compartilhávamos, eu entendi que um dia vivemos plenamente toda essa amizade, que um dia fizemos sentido uma na vida da outra, mas que agora o que restou foram apenas migalhas do que um dia nos povoou. Sendo assim, não adianta insistir, é doloroso, mas é real: chegamos ao final!


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prefiro virar fim...


Idiota!

É claro que você deveria sentir raiva.
Você tem um milhão de motivos para se sentir péssimo.
Você foi de novo você mesmo, essa pessoa que se dedica, essa pessoa que conhece bem. Você foi mais uma vez quem você gostaria que fossem com você. Você foi outra vez um alguém para sempre ser lembrado. Você beijou de novo como se fosse a última boca que gostaria de beijar. Você novamente preferiu não se importar com o que te diziam e só obedeceu seu coração.
Mas todo esse seu querer não é o bastante para ter. Nunca será.
Então esse alguém que já organizava um espaço na sua vida para morar, foi embora.
Foi do mesmo jeito que chegou, foi num piscar de olhos, foi num comportamento que beirava o desdém diante do seu sentimento.
Às vezes a gente fica tão cego em querer o que desejamos que esquecemos que o necessário é ter o que merecemos.
Então esse pensamento do tipo “mais uma vez a história termina e eu saio como idiota” soaria melhor como “mais uma pessoa que não está pronta pra viver o que eu tenho pra oferecer”.
Sabe, ainda bem que a vida não tem controle remoto. Ainda bem que a gente não consegue saber o que vai acontecer no próximo segundo. Uma das melhores partes da vida é justamente se surpreender com as voltas que ela dá e em qual delas vamos nos encaixar. Hoje chorando, amanhã vibrando.
Nosso papel nesse mundo vai muito além de ocupar um espacinho pra respirar. Nós estamos aqui para influenciar pessoas. E você, você que se indigna ao se considerar idiota de novo, você que não entende por quê aconteceu outra vez, você que falta explodir de tanta raiva por não entender por quê as coisas parecem ser assim com você, você mesmo, você está vendo alguém sair da sua vida para um novo alguém ocupar o lugar, você está vendo alguém sair da sua vida ao mesmo tempo que se torna alguém para nunca ser esquecido por esse alguém, justamente por ser assim tão idiota, tão dedicado, tão inspirado em fazer por alguém aquilo que gostariam que fizessem com você.
Márcio Rodrigues - http://umtravesseiroparadois.wordpress.com/

sábado, 18 de outubro de 2014

As vezes dói!


Precisava escrever...

Hoje eu realmente precisava escrever. Hoje deixei que cada batida do coração guiasse minhas mãos, hoje eu precisei me ouvir, mas não com a audição, precisei ouvir o que tenho a dizer para mim mesma.
 E a verdade é que estou com medo, estou com medo do que não sei, do que pode acontecer com a minha vida. Estou com medo do futuro! Medo de trocar de emprego, medo de ter que recomeçar de novo, medo de não encontrar alguém que esteja ao meu lado para me dar a mão e me entender, medo de estar sozinha. O fato é que esses medos estão sempre presentes em minha vida, mas tem dias que eles gritam para serem ouvidos, e hoje é um desses dias. Aceitar que as coisas não tem um rumo certo ainda é um desafio muito grande pra mim, mas ao mesmo tempo tenho vontade de ser surpreendida pela vida.
Estou bem confusa hoje, mas precisava colocar para fora, tentar esclarecer em palavras escritas aquilo que em pensamentos ainda é muito confuso.

Na verdade, nesse tempo todo e depois de tanto escrever eu percebi que falar de sentimentos não é uma coisa fácil, eles são sentidos de uma forma e expressados de outra forma, por que na verdade é praticamente impossível dizer exatamente o que se sente ao sentir, e alguns sentimentos não cabem em palavras ou pelo menos não nas palavras que conheço, às vezes elas limitam ou até empobrecem alguns sentimentos, tanto os ruins quanto os bons. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

De onde vem essa busca?

“De onde vem essa busca, essa necessidade de desvendar os mistérios da vida quando as perguntas mais simples não podem ser respondidas? Por que estamos aqui? O que é a alma? Por que nós sonhamos? Talvez, seja melhor não pensarmos nisso, não investigar, não termos anseios, mas essa não é a natureza humana, não é o coração humano, não é por isso que estamos aqui! Com tudo continuamos lutando para fazer diferença, para mudar o mundo, para sonhar com a esperança, sem saber com certeza quem encontraremos ao longo do caminho, quem num mundo de estranhos vai segurar nossa mão, vai tocar nosso coração e partilhar a dor de ter tentado” (Heroes - S01E23)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Adeus

É incrível como uma palavra tão pequena pode ter um poder tão grande sob nós, mas a verdade é que nunca estamos prontos para dizer adeus, até que um dia a vida bate tão forte que a o adeus é necessário. O adeus assim, vira uma lembrança, uma saudade ou até liberdade. Não importa, mas o adeus é na verdade uma forma de dizer que algo existiu, que algo esteve vivo dentro de nós, nos fez presente.
O tempo passa e por mais adeus que você acumule na sua experiência de vida, você nunca vai estar preparado suficiente para o próximo adeus, então, como das outras vezes, ele vai doer e vai continuar sendo necessário. Você até pode estar mais forte para enfrentar as dores, magoas e decepções, mas você sentirá cada adeus em seu coração, mesmo quando você perceber que ele está próximo, mesmo quando você souber que será inevitável, mesmo quando o adeus iniciar dentro de você, ele vai doer.

O adeus é uma marca, um final de ciclo, um passado, uma dor que o tempo se encarrega de transformar em cicatriz. De cada adeus levamos conosco um pedaço de vida.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Palavras

Segundo o dicionário, palavra é um conjunto de sons articulados, de uma ou mais sílabas, com uma significação. Mas para mim, palavras são TUDO que dá sentindo a vida, não menosprezo um olhar, um abraço, um beijo ou um gesto, de forma alguma, mas palavras têm poder, palavras ditas, palavras escritas, palavras pensadas.
Quando tudo ficou difícil, foi através das palavras que pude resgatar minha alma, como se cada palavra escrita me fizesse acreditar que há um significado para tudo. Quando chorei até cansar, foi através de cada palavra sentida que me tornei mais forte e mais resistente. A verdade é que as palavras me mantiveram viva!
Quando escrever era tudo que eu podia fazer para aliviar a dor, eu escrevi, utilizei todas as palavras que meu coração precisava gritar, escrevi para que minha alma pudesse crescer, escrevi para me conhecer melhor, escrevi para lembrar que os sentimentos são parte importante da nossa vida.

Aprendi  com cada palavra escrita por mim mesma, como se de alguma forma as palavras me fizessem enxergar aquilo que eu mesma não conseguia ver. As palavras se tornaram então um lugar de conforto ao desconhecido, um lar para as dores, mas principalmente um caminho para esperança.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

CANSEI

Cansei, é simplesmente cansei!
Cansei de dar tanto lugar à infelicidade...
Cansei de dar espaço a pessoas que na verdade não se importam comigo!
Cansei de não querer sentir nada...
Cansei de dar tanta importância à pessoas que me deixam em segundo lugar...
Cansei de dizer que esse é o pior ano da minha vida...
Cansei de procurar nas pessoas algo que só posso encontrar em mim mesma...
Cansei de acreditar que tudo vai ser diferente...
Cansei de dar limite para todas as coisas da minha vida...

CANSEI de pensar, agora quero VIVER mais e pensar menos!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Arrisque...

Quando paramos para pensar no que temos a perder, vem o medo. Sabemos que qualquer passo em falso pode nos levar a ruína. Mas o que você tem é o suficiente? É o suficiente para suspirar e te fazer querer viver? Se a resposta for incerta, já sabe. Arrisque. Mesmo que você perca tudo, você terá a chance de ter um pouquinho mais.
Isabela Freitas


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Meu pensamento VAI e VOLTA

Gostaria de entender por que eu não me basto? Por que essa necessidade tão grande de depositar todos os sentimentos em outras pessoas? Tenho pensado muito e percebi que minha intolerância a frustração é muito pequena e está ligada diretamente com medo de rejeição e abandono. Quando penso que as coisas estão finalmente melhorando vem algo e me puxa para baixo de novo. Mesmo com todos avanços que fiz parece que meu inconsciente insiste em martelar apenas naquilo que não dá certo. Por que eu mesma permito que a agonia e o medo me desestruturem tanto? Por que não sou capaz de valorizar meus passos e avanços? Por que não fico feliz com o que já tenho? Dizem que a cura está dentro de nós mesmo, então se for assim, eu mesma quero continuar mal? Já estou cansada de repetir que esse ano está sendo difícil, que é o pior momento da minha vida! Parece que simplesmente desaprendi a viver comigo mesma. Se as crises tem a intenção de demolir velhas estruturas para que algo novo surja, para que nossa alma possa se expandir, por que não consigo sentir e entender o que penso. Me sinto tão esclarecida racionalmente e tão confusa emocionalmente! 
#angustia #crises #ansiedade #medo #solidão 

sábado, 4 de outubro de 2014

Chega de infelicidade!

Decidi não dar mais espaço para infelicidade, é óbvio que não serei cem por centro feliz o tempo todo com tudo, mas escolhi caminhar pelo caminho das possibilidades. A verdade é que já caminhei tempo demais pelo lado escuro e agora quero ver o sol. Quero acreditar de novo e me encantar novamente pela vida, viver todos os sentimentos que o destino me propor.
Foi preciso sentir toda dor, viver cada mágoa, me afogar nas crises para romper velhas estruturas, e  assim, dar espaço ao coração para alma se expandir. Cada lágrima derramada me fez mais forte, me fez perceber que o sofrimento é uma etapa do caminho em direção à felicidade.
Aprendi que a mudança acontece dentro de nós, quando você descobre que as escolhas da sua vida dependem de você e tudo se transforma, então, descobrir, tentar e arriscar são palavras de possibilidades.

Quando você passa a olhar para si mesmo com atenção, percebe que cuidar de si é a melhor maneira de cuidar de quem você ama, pois se dar valor é dar valor a vida. Se conhecer melhor é se dar a possibilidade de olhar o mundo de outra forma, então, você percebe que as grandes mudanças da vida não acontecem de grandes coisas, mas sim, de uma decisão sua, uma decisão dentro de você!

Angústias


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Borboletas

A gente nunca tem certeza absoluta do impacto que terá na vida do outro. Se pararmos para pensar, o simples fato de existirmos já é o suficiente pra transformar completamente a vida de algumas pessoas. É inevitável. Chegamos neste mundo sem nenhuma lembrança e precisamos descobrir como é que se faz para escrever uma boa história. Elegemos os personagens principais das nossas melhores páginas, mas às vezes eles só querem ser figurantes, e somem antes do próximo parágrafo.
Escolhemos o cenário perfeito, descrevemos e mentalizamos cada detalhe, muitas árvores e o som da cachoeira, mas às vezes precisamos nos mudar para longe. Muito longe.
Quando passamos a ser independentes, nossos sonhos se tornam uma bússola, e vamos descobrindo aos pouquinhos para que lado fica a tal felicidade. Se temos boas companhias, ouvi dizer, chegamos mais rápido. Às vezes, o trajeto é escuro e perigoso. Não conseguimos andar na mesma velocidade que os outros e nos perdemos. Faz frio, chove pra caramba, e as pessoas nem percebem que ficamos pra trás. Tudo bem, porque nosso corpo precisa descansar, e uma boa noite de sono coloca quase tudo em seu devido lugar. Quase.
O mundo continua existindo mesmo quando a gente não quer participar. Isso é assustador, não é? Não somos tão importantes ao ponto de parar o trem em movimento. Olhamos ao redor em busca de algum lugar para sentar. Está tão cheio. São todos desconhecidos e não dão a mínima.
“Oi”
E agora não sabemos se devemos dizer ou demonstrar o que sentimos. É mais fácil ficar em silêncio. Nunca admitir nada. No fundo, algo nos diz que nossos segredos podem assustar.
Próxima parada: ele desce, você fica.
Olhando na janela, tudo parece muito legal. Poderíamos descer e passar o resto dos dias em qualquer uma das cidades pelas quais passamos. Mas é mais confortável ficar sentada observando e imaginando, certo? Errado. Uma hora isso cansa.
Última parada: estação futura.
Precisamos descer imediatamente, mas ainda não sabemos direito onde estamos. É um lugar novo, mas estranhamente familiar. Tudo aqui nos lembra alguém, os cheiros, as músicas, o vento, porém não há mais espaço livre. É como se tivessem preenchido todos os nossos pequenos vazios. Ao nosso redor, todos possuem pequenas cicatrizes. Não precisamos mais esconder aquilo que tanto nos incomodou.
Este é o momento.
Respire fundo e olhe para trás. Repare bem no que vê. Não eram imperfeições. Eram asas. Agora, você não é mais casulo. Você é uma borboleta. Voe!
Bruna Vieira

Crises...


terça-feira, 30 de setembro de 2014

A VIDA

"Talvez nós sejamos todos uns amontoados de letras, que compõem uma história, num papel chamado vida, que fica amarelado com o tempo. De meros rabiscos nas caligrafias, aprendemos a ser belas letras cursivas cheias de beleza delicada e logo em seguida, somos obrigados a tornarmo-nos letras de forma. Gente grande. E a partir daí, cada um faz o que quer. Optam por interrogações, exageram nas exclamações e geralmente, muitos preferem adicionar sempre mais uma vírgula com medo do efeito colateral de um ponto final" (Wesley Nery) 


Decidi viver!

Não, ainda não estou bem. Na verdade tudo o que eu queria era que automaticamente essa ansiedade me abandonasse e me deixasse em paz. Já tive vontade de sumir, de ir para bem longe, um lugar para recomeçar onde tudo fosse novo e não houvesse nenhuma expectativa. Só que a ideia de solidão me desespera. Após chorar muito, após ver meu rosto inchado, mudei de ideia, enquanto chorava e colocava para fora todas as decepções desse ano, percebi que estou mais disposta a querer melhorar do que me afundar nessa magoa. É preciso colocar para fora todo esse estoque de magoas antigas, chorar até cansar e depois levantar e seguir em frente! Quero sentir de novo todas as emoções que a vida vai me impor, quero entender que não adianta correr contra o tempo e nem enganar a si próprio. Reativar a minha fé, e me atualizar com pensamentos positivos, uma hora esse sentimento que não é necessariamente tristeza, mas um vazio sem sentindo vai passar e vou voltar a sorrir! Por onde começar? Ainda não sei, mas vou descobrir novos rumos para seguir que me façam sentido. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Objeto dos sonhos...


A dor...

As lagrimas escorreram de forma incontrolável, a dor golpeou meu coração e invadiu minha alma. Medo e solidão! Minhas forças pareciam inalcançáveis. Tudo estava tão confuso, minha mãe chorava, minha avó estava nervosa, meu tio ajoelhado chorando e meu mundo desabando. É um pouco do que lembro daquele momento em que eu escolhi desistir de tentar. Fechei os olhos na esperança da dor passar, mas ao contrario, eu me senti pior!
As quedas virão e a dor será inevitável, mas a escolha sempre será MINHA. No dia 11 de setembro eu escolhi desistir, eu me senti tão cansada que deixei a dor tomar conta de todo meu corpo. Estava cansada de pensar, cansada de criar expectativas, cansadas de me cobrar o tempo todo, cansada de ter que atender expectativas, cansada de não respeitar o tempo. Desistir é mais fácil, a morte é fácil. Viver e enfrentar é difícil, complexo e desafiador. Eu escolhi viver porque acredito no amor e no poder que ele tem de transformação. Naquele dia eu vi o amor nos olhos da minha família, eu olhei bem no fundo dos olhos daqueles que amo e me vi lá dentro, me vi nas lágrimas que escorreram, nos abraços apertados, nas palavras de apoio.

Eu abri meus olhos e decidi que a dor não pode ser maior do que eu, que fugir é covarde e injusto. 

Saudades de mim!


Eu precisava dirigir...

Eu precisava dirigir, eu precisava chorar, eu procurava por mim! Olhar para si próprio é o maior desafio da vida, entender que muitas coisas não dependem de ti, mas partem de ti. Partem de uma decisão tua, de um ponto lá dentro. O problema é que na correria do dia-a-dia eu esqueci de mim. Me ocultei atrás de um namoro, de uma ilusão do perfeito. Não fui sincera comigo mesma, deixei de lado minha essência e vivi assim por muitos anos, eu acha que era feliz, plena e completa. Mas depositar sua felicidade em uma única coisa é a maior roubada. Nada nem ninguém merece  a responsabilidade de carregar essa tarefa. Só que o tempo se encarrega de tudo, e chega uma hora que não tem como fugir, e nessa hora tu tem que te encarar de frente, sem medo. É tão difícil ter que se encarar, descobrir que o perfeito não existe, lidar com tudo que está dentro de você: alegrias, medos, traumas, amores, dores, lembranças, cicatrizes, emoções, sentimentos...

Enquanto eu dirigia eu pensei sobre tudo que sei de mim mesma, mas pensei principalmente sobre o que não sei. Estou vivendo o desafio de me descobrir mulher, não mais uma garota. Vou confessar que está sendo doloroso, por que tem momento que simplesmente tu não sabe para onde ir, por que caminho andar, que rumo seguir... acho que por isso a necessidade de dirigir, para me sentir em movimento, olhar para fora e ver que mesmo parecendo o mesmo caminho tudo aos poucos vai se modificando. Nasce uma planta, constrói-se prédios, pinta-se as casas, abre um estabelecimento comercial, assim como morre uma árvore, derrubam uma casa, poluem o rio, envelhece a fachada. É o mesmo lugar, mas é diferente! E acho que é assim comigo também, sou eu, mas diferente, em construção, em processo constante de mudança e adaptação. Hoje sei que preciso encarar quem eu sou para me completar comigo mesma, sem depender de ninguém para depositar os sentimentos. Mesmo sabendo disso ainda me desvio nesse caminho as vezes, ainda dói tanto que as vezes fica difícil manter a razão, as vezes é muito difícil manter o equilíbrio. Ou vi dizer que viver é um eterno rasgar-se e remendar-se, talvez seja mesmo! 

Decepções

"Decepção machuca, porque só aqueles a quem amamos, tem o poder de nos decepcionar. Quando criamos expectativas, devemos saber que podemos nos frustrar, se a mesma não for correspondida. Quando temos grande sonhos, para grande pessoas, podemos descobrir com o tempo, que os sonhos eram maiores que as pessoas. Dói, porque morrem dentro de você, dói, porque é como ser decepado por dentro, dói, porque você acreditou e agora eu coração está sangrando. Todavia, os ventos que levaram aquilo que amamos são os mesmos ventos que trarão o que aprenderemos a amar. Hoje, é uma ferida aberta, amanhã será uma cicatriz que vai contar histórias" (Autor Desconhecido)

domingo, 28 de setembro de 2014

Até quando?

Ainda me lembro de como tudo começou, a confusão de sentimentos, o medo, o desespero, a angustia e a agonia. No inicio não compreendia o que estava acontecendo comigo, ao longo desses dois anos e especialmente deste ano, tive a oportunidade de entender melhor sobre a síndrome do pânico e as crises de ansiedade, pude pensar melhor sobre a minha vida e possíveis causas. Mesmo depois desse tempo todo, mesmo depois de passar pelos piores momentos da minha vida, mesmo depois de ter momentos de paz e calmaria, anda sou atormentada pelas crises, hoje identifico com mais facilidade, consigo pensar sobre ela, refletir acerca dos ocorridos e o que me fez chegar à crise. Mas nada disso diminui o que sinto quando estou em uma crise de pânico ou de ansiedade, é um sentimento tão ruim que logo toma conta de mim, me faz pensar em desistir de tudo, me faz pensar na morte. Já pensei em possibilidades de tirar minha vida, já pensei que vivi o bastante, já pensei e escrevi mentalmente minha carta de despedida. A dor ainda está dentro em mim e não sei por quanto tempo ainda vai me habitar. Não sei se vou conseguir! 

Superar é preciso!

"Se não existissem quedas, não existiriam triunfos. Você vai cair, se ralar, sangrar, chorar e até mesmo pensar em desistir de tudo. Depois vai perceber que todo eu esforço é inútil e que você precisa seguir em frente. Vai procurar forças, vai se olhar o no espelho e se sentir a pior pessoa do mundo. Por que tem que ser assim? Para você aprender a se reerguer. Não se apegar não é ser indiferente à vida. É ter o conhecimento de que o sofrimento chega, mas um dia ele deve partir. Superar é preciso. Levantar-se mais forte é essencial" Isabela Freitas /@isabelaafreitas



sábado, 27 de setembro de 2014

O tempo de uma flecha!


Tormentos à noite...

Sempre fui uma garota de muitos sonhos, não sonhos no sentido de objetivos, alias poucas coisas realmente me fizeram querer muito. Sempre digo que tenho os três momentos mais especiais da minha vida, são momentos em que me senti plenamente feliz, completa e realizada, e eles foram: conquistar a carteira de motorista, formatura no curso de Pedagogia e meu primeiro emprego em uma escola grande. Poucas vezes na vida me senti como naqueles dias, mal sei explicar o sentimento exato.
Mas hoje vim falar sobre os sonhos, pois é, sonhos que acontecem durante o sono. Como disse, sempre sonhei, havia noites que sonhava mais de uma história, entre esses sonhos muitos pesadelos. Mas até esse momento esses sonhos sempre foram uma parte de mim e pronto. Porém depois de passar por todas as crises e iniciar a terapia percebi que esses sonhos são mais do que simples histórias contadas por mim mesma ao dormir. Eles são recheados de significados, desejos ocultos e mensagens inconscientes, e por isso eles passaram a me atormentar! Alguns são fáceis de decifrar e refletir, outros são tão enigmáticos que quebro a cabeça tentando entender e muitas vezes até desisto, mas tem aqueles que são ligados diretamente com a minha realidade vivida atualmente, e são esses que mais me incomodam, não pelo fato em si de sonhar, mas pelos sentimentos que despertam em mim ao acordar. Alguns martelam o dia todo, cenas vindo e indo, não me deixando esquecer aquilo que eu não quero ver, nem pensar. Mais um elemento que me despertar angustia durante o dia, especialmente quando são assuntos que para mim estavam bem resolvidos. Definitivamente um ano de muitos desafios!


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Em processo...


Por uma Emili melhor!

Muita coisa vem mudando, desde maio minha vida tomou outro rumo, eu passei pelos piores momentos da minha vida! Momentos que eu não imaginei que um dia poderia passar, momentos em que eu acreditei que não poderia suportar, por crises, por momentos de ansiedade, momentos de medo e solidão. Por momentos que realmente acreditei que a minha vida tinha se esgotado, que a minha vida tinha acabado e que nada mais fazia sentido, eu procurei ajuda médica, psiquiatra e espiritual, me sinto hoje em um processo de retomada, um processo de reconstrução, de avanço, me sinto melhor. Ainda é difícil em alguns momentos, ainda é angustiante. Terminei um namoro de oito anos, eu me vi totalmente sozinha, sem referencias, tive que começar do zero, e estou tendo que conhecer uma nova Emili, uma nova parte de mim que eu nem sabia que existia. Passei por momentos de calmaria, momentos onde eu pude entender que a realmente a vida faz sentindo, eu consegui entender que a vida tem sentido independente dos momentos difíceis, mesmo assim depois de tanta conversa, depois de tanta reflexão, de toda a medicação eu ainda me pego em choros, em momentos de tristeza, eu ainda me pego em crises, em momentos de angustia. Eu tenho medo do futuro, tenho medo do que eu não sei o que vai acontecer, eu tenho medo da solidão, eu tenho medo das coisas que eu não posso proceder, eu tenho medo de estar caminhando na direção errada, eu tenho medo de não estar caminhando, eu tenho medo de perder meu emprego. Eu tenho tanto medo! As vezes eu acho o que medo conduz muito a minha vida. A síndrome do pânico parece estar controlada, mas eu ainda tenho medo, medo que ela faça parte da minha vida pra sempre, medo que ela me atormente, medo que ela não me deixe viver em paz. Mais uma vez me refugio na capela na escola, a capela da escola se tornou muitas vezes meu lugar de refugio, onde muitas vezes eu chorei tudo que precisava chorar, um lugar onde eu pude pensar, um lugar onde eu pude me conectar mais com Deus. Porém estar aqui de novo, significa que a dor ainda vive em mim, que o medo ainda vive em mim, que angustia vive em mim, que a ansiedade ainda está presente. Continuo pensando até quando isso vai acontecer, penso e não sei que passou mais eu tenho que dar para conseguir dominar, para conseguir ter mais controle sobre a minha vida e sobre os meus sentimentos. Acho que o pior já passou, acredito que agora as coisas vão melhorar, tenho muita fé, alias nunca perdi a fé, nem nos momentos mais dificeis eu perdi a fé, sempre acreditei que haveria um momento onde tudo isso será apenar lembranças de um momento onde cresci e aprendi muito. Espero que o próximo texto venha dizer sobre esse momento como memória, como parte de uma construção de uma Emili melhor, de uma Emili mais saudável, mais ativa, mais feliz. Enquanto isso eu espero!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Uma luz!

Hoje tive um sonho que me fez pensar muito sobre a minha vida, sobre o momento que estou atravessando!
 Sonhei com uma menina que era negra e muito bonita, porém odiava essa situação, por isso fez uma máscara (daquelas de filme que cobre toda a pele) e todos os dias antes de sair de casa ela vestia sua “fantasia” de menina branca, foi quando conheci ela, vivia triste por ter que viver se escondendo, mas não sabia como sair dessa situação. Então, eu e o irmão dela, um menino negro muito bonito, decidimos que o único jeito de libertar ela dessa condição que vivia seria matando ela enquanto estivesse vestido “fantasia”, e assim armamos um plano, daríamos remédio em excesso para ela, assim quando acordasse só restaria ser quem ela realmente era. Não lembro como o sonho terminou, lembro de sentir medo por matá-la, medo por força-la a ser alguém que ela ainda não queria ser: ELA MESMA!

Fiquei pensando sobre minha vida, sobre o porquê disso tudo estar acontecendo comigo, e de certa forma me sinto como essa menina, aprisionada em uma vida que não me “pertence” mais, vivi um lindo romance, um amor de adolescente e foi maravilhoso, foi eterno enquanto durou, mas eu cresci eu mudei, ele cresceu ele mudou! Não posso continuar levando a vida como se ainda tivesse 18, 19 anos, o tempo já passou, as coisas não são mais as mesmas, as necessidades de ambos mudaram. Talvez esse sonho tenha me tocado tanto, porque me sinto tirando a máscara, virando a página, “matando” a adolescente que vivia em mim para assumir uma posição mais adulta, com novo interesses, necessidades e desejos. Entendo melhor essa ansiedade, esse medo do novo, do desconhecido, porque vivia em um mundo onde não precisava fazer movimentos diferentes, era confortável. Mas meu corpo, minha mente pediu socorro, para mim mesma! Estou vivendo um momento de luto, mas não só pelo fim do namoro, mas também pelo fim de uma etapa em minha vida, uma etapa que foi muito importante e estará comigo para sempre, mas como lembranças, dói pensar que isso ficará no passado, mudar é difícil, se desacomodar é desconfortável, mas hoje vejo o quando é necessário. Começo e me reconhecer, reencontrar! 

O tal do tempo

"Não é fácil conversar com o tempo. O tempo não nos escuta. Ele tem ritmo contínuo e democrático. Passa para todos. É responsável por todas chegadas e partidas. O tempo é senhor do destino. Intocável, ele age sobre todas as coisas. Dos homens e da natureza. E mais, o tempo não possui tamanho. Só ele é capaz de colocar ponto final em tudo" (Queirós)


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Espero o tempo passar...

ACABOU, palavra tão pequena, mas que fez um enorme estrago dentro de mim! Recomeçar, seguir em frente parecem frases tão óbvia para esse momento, mas apesar de saber que é necessário não sei por onde começar, sinto que virei uma página e me deparei com um capitulo novo, EM BRANCO. As lembranças invadem meus pensamentos mesmo contra minha vontade, foram oito anos, um terço da minha vida e agora simplesmente não sei quem sou, ou quem me tornei. 
Hoje senti falta de mim, falta de quem eu já fui! Hoje olhei bem para dentro de mim e percebi que não estava aqui, me dei conta que já não me encontro mais! Não sei por que caminho estou seguindo, estou deixando a vida me levar, espero que uma hora ou outra o destino ajeite as coisas, que as dores fiquem no passado, que as cicatrizes não doam mais e só fique aquilo que for verdadeiro. Para frente esse é o sentido da vida, mas me sinto totalmente parada, as cores desbotaram e nada mais tem alegria, é apenas um passar de dias, um contar de horas, um dormir e acordar sem nenhum propósito. Espero o tempo passar, na esperança de que traga coisas boas, paz, tranquilidade para minha alma tão ferida.

“O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim” (Lua Nova, 73)

domingo, 21 de setembro de 2014

Saudade!!!

Saudade é um sentimento forte, que inclusive faz doer. Hoje com tudo que vem acontecendo estou sentindo uma enorme saudade no meu peito, saudades de mim! Saudades de quem eu fui, de um tempo onde medo era uma palavra distante e com pouco sentido. Sei que a vida é feita de momentos, fases e processos, estou vivendo o pior momento da minha vida, não me encontro dentro de mim, vivo um horror de angústia, medo e ansiedade. Tenho medo que isso me consuma e se torne meu eu, sem que eu possa voltar a ver a pessoa que “me conheci” um dia. Medo de estar caminhando por um caminho sem volta. Está difícil ver esperança, mesmo quando todos dizem “isso vai passar”. Ainda não perdi a fé nessas palavras e nem na minha essência, mas sinto um esgotamento muito grande a cada crise a cada dia que não melhoro. Até quando? 

sábado, 20 de setembro de 2014

Socorro!

Sinto que estou morrendo por dentro, me despedaçando em mil, como se minha alma gritasse socorro! Nunca entendi nem aceitei a morte, mas hoje me pego pensando se não seria melhor assim, ir embora, descansar dessa dor. Não sabia que um ser humano poderia produzir tantas lágrimas, mas esses últimos dias me provaram que é possível chorar muito! Hoje pensei que não iria conseguir ir trabalhar, mas fui, na esperança de encontrar conforto nos olhos das crianças. Ainda estou muito mal, de alguma forma, me sinto em uma espécie de “piloto automático” queria desligar meus sentimentos. SOCORRO!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Em frente, sempre!

Mesmo cansada de tudo procuro me manter firme, não sei se por algo ou alguém, mas espero que por mim mesma. Está difícil, não nego, mas procuro superar, tentar seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem me puxar para baixo. Procurei ajuda e me sinto dando passos lentos rumo a uma luz de cura e paz. Vontade de me reencontrar, de me sentir viva de novo, ou melhor, de me sentir feliz em estar viva e não continuar vivendo por vivendo, “indo” como costumo dizer... Indo? Indo pra onde? Porque essa angustia insiste em me acompanhar por tanto tempo? 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Espero...

Que difícil, quando isso vai passar? Estado de agonia / angustia constante... Rivotril, choro, desanimo, tristeza são palavras que me descrevem perfeitamente! Cansada de ficar refém desses sentimentos que não tem hora nem lugar para me invadirem. Não acordo assim, ele simplesmente acontece, tenho reparado que acontece mais ao final de tarde, engraçado, justamente o que foi o meu momento preferido do dia, sempre gostei do final da tarde, de ver o pôr do sol e o colorido que fica no céu. Agora me deparo com essa agonia dentro de mim praticamente todos os dias. Faltam 2 dias para começam a trabalhar, estou ansiosa para voltar, mas não acho que isso justifica essa angustia constante. Sinto que preciso de ajuda, mas não sei direito com quem compartilhar isso sem magoar ou passar a responsabilidade. Sei lá, me sinto tão confusa! Tão sozinha mesmo rodeada de pessoas que me amam e que se importam comigo. Vejo nos olhos da minha família a preocupação. Dr. Rodrigo disse que eu tenho que viver, sair de casa retomar a vida e deixar de lado esses sentimentos, espero do fundo do meu coração que quando minha rotina voltar ao normal que isso alivie, porque não sei se consigo viver com isso. Vontade enorme de chorar, mas escrever me ajuda, sempre fico na espera de alguém que possa ler e me ajudar. Quem? Espero...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Chorar...

Sempre pensei que chorar fosse uma espécie de lavar a alma, só que nos últimos tempos isso tem sido uma constante na minha vida, na minha rotina, chorar, sentir agonia.
Hoje fiquei sabendo que algumas colegas de serviço foram demitidas e isso foi o suficiente para abrir uma pontinha de angustia dentro de mim, não era muito chegada à elas, mas parece que agora tudo é motivo para essa dor de barriga, essa agonia no estomago. O pior é não tem com quem compartilhar isso, a única pessoa que me escuta, me entende é a minha mãe, mas sei que dividir isso com ela está sendo um peso muito grande pra ela. Na última quarta  tive uma crise de choro muito forte, e acabei falando algumas coisas que não deveria, uma leve vontade que tive de sumir, de não existir, de morrer! Percebi o medo no rosto da minha mãe e isso me mata por dentro. Fiquei sabendo que ela fez uma promessa pra Deus pedido para eu ficar boa, em troca ela pararia de fumar, só eu sei o quanto isso significa pra ela, então entendo que estava em desespero quando fez esse pedido.
Estou sendo um peso para aqueles que gostam de mim! Minha mãe anda trabalhar muito, com medo de ser transferida de unidade e não bastasse essa preocupação ainda tem que se preocupar comigo sabe? Uma barbada que não consegue resolver os próprios problemas? Muito injusto. Não divido isso com meu namorado porque só o vejo aos finais de semana, não vou estragar nossos poucos momentos com queixas e lamentos. Algumas vezes ele presenciou ataque de pânico ou de angustia, todas as vezes soube me dar espaço, me entender e me respeitar. Também não quero ser uma fonte de preocupação pra ele.
Hoje não tenho sintomas da síndrome do pânico, tenho uma angustia na barriga, uma dor no estomago, vontade de chorar, tristeza, não sei explicar. Chorar e escrever ajudam a me acalmar.
Realmente espero que um dia alguém possa ler isso, me entender, me ajudar sem se envolver emocionalmente.

Fico preocupada sabe? Em breve voltam as aulas, preciso estar bem, equilibrada para poder exercer minhas tarefas, passar confiança para as famílias e alunos. Como vai ser se isso continuar? Será que a medicação ainda vai demorar para me ajudar a melhorar? Tenho lembranças tão boas de quando não tinha que conviver com isso. Triste. L