terça-feira, 16 de setembro de 2014

Chorar...

Sempre pensei que chorar fosse uma espécie de lavar a alma, só que nos últimos tempos isso tem sido uma constante na minha vida, na minha rotina, chorar, sentir agonia.
Hoje fiquei sabendo que algumas colegas de serviço foram demitidas e isso foi o suficiente para abrir uma pontinha de angustia dentro de mim, não era muito chegada à elas, mas parece que agora tudo é motivo para essa dor de barriga, essa agonia no estomago. O pior é não tem com quem compartilhar isso, a única pessoa que me escuta, me entende é a minha mãe, mas sei que dividir isso com ela está sendo um peso muito grande pra ela. Na última quarta  tive uma crise de choro muito forte, e acabei falando algumas coisas que não deveria, uma leve vontade que tive de sumir, de não existir, de morrer! Percebi o medo no rosto da minha mãe e isso me mata por dentro. Fiquei sabendo que ela fez uma promessa pra Deus pedido para eu ficar boa, em troca ela pararia de fumar, só eu sei o quanto isso significa pra ela, então entendo que estava em desespero quando fez esse pedido.
Estou sendo um peso para aqueles que gostam de mim! Minha mãe anda trabalhar muito, com medo de ser transferida de unidade e não bastasse essa preocupação ainda tem que se preocupar comigo sabe? Uma barbada que não consegue resolver os próprios problemas? Muito injusto. Não divido isso com meu namorado porque só o vejo aos finais de semana, não vou estragar nossos poucos momentos com queixas e lamentos. Algumas vezes ele presenciou ataque de pânico ou de angustia, todas as vezes soube me dar espaço, me entender e me respeitar. Também não quero ser uma fonte de preocupação pra ele.
Hoje não tenho sintomas da síndrome do pânico, tenho uma angustia na barriga, uma dor no estomago, vontade de chorar, tristeza, não sei explicar. Chorar e escrever ajudam a me acalmar.
Realmente espero que um dia alguém possa ler isso, me entender, me ajudar sem se envolver emocionalmente.

Fico preocupada sabe? Em breve voltam as aulas, preciso estar bem, equilibrada para poder exercer minhas tarefas, passar confiança para as famílias e alunos. Como vai ser se isso continuar? Será que a medicação ainda vai demorar para me ajudar a melhorar? Tenho lembranças tão boas de quando não tinha que conviver com isso. Triste. L

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